Carlos Augusto Mattos
Falta de espaço é uma das principais dificuldades enfrentadas pelo asilo.
A falta de espaço físico e de funcionários em número suficiente estão entre as principais razões que impedem as Obras Assistenciais Santo Antônio (antigo Asilo), de ofertar um número maior de vagas. Atualmente a instituição possui capacidade de acolhimento para 25 idosas, sendo que todas as vagas estão ocupadas. A instituição oferece atendimento em tempo integral. Existe uma extensa lista de espera, pois a instituição é a única na cidade a oferecer esse tipo de assistência.
O Asilo constantemente recebe solicitações de vagas para idosas debilitadas, mas de acordo com o presidente da instituição, Marcelo Natalino Ribeiro, no momento não existe a possibilidade de aumentar o número de leitos, principalmente pela falta de espaço físico, permanecendo a capacidade máxima limitada a 25. Outro motivo que dificulta o acolhimento é a falta de recursos humanos, pois o atendimento demanda cuidados especiais com higiene pessoal, alimentação e serviços de enfermagem.
O Asilo, mais conhecido como Lar das idosas Santo Antônio, é uma instituição de longa permanência para idosas (ILPI) que se encontram em situação de desproteção social ou familiar. A entidade presta serviços de proteção social especial a pessoas idosas do sexo feminino acima de 60 anos, na modalidade de acolhimento institucional de longa permanência. Das idosas residentes no local atualmente, 21 são de Oliveira e quatro de cidades vizinhas, que já residem no lar há alguns anos.
Para o atendimento às idosas, o lar conta hoje com 17 funcionárias, entre técnicas de enfermagem, enfermeira, cuidadoras, cozinheiras, lavadeira, serviços gerais e diretora administrativa. A entidade conta com outros serviços prestados em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDS), Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Prefeitura Municipal de Oliveira, Secretaria Municipal de Saúde e PSF Aparecida.
O principal critério para receber idosas é por meio do CREAS, que envia um relatório de assistente social para a unidade e assim a diretoria do lar faz a visita para avaliar as condições da pessoa. De acordo com Marcelo Natalino e a coordenadora do CREAS, Diana Mendonça Romano, atualmente existe uma grande lista de espera, mas a instituição não tem vagas disponíveis. O presidente ressalta a qualidade do serviço prestado no lar das idosas e taxa de mortalidade baixa, com pessoas de 65 a 96 anos de idade.
O lar sobrevive com a contribuição das aposentadorias e pensões das idosas, de uma subvenção mensal da Prefeitura Municipal, da ajuda do corpo de voluntariado e de doações da população em geral. Segundo Marcelo Natalino, a despesa da instituição é muito alta, mas com a ajuda de todos os colaboradores é possível cobri-las. Segundo o presidente, uma das dificuldades enfrentadas no dia a dia é a falta de apoio das famílias das idosas.
Marcelo Natalino ressalta ainda o importante apoio da promotora de justiça Josiane Moreira Soares Malaquias, que fiscaliza e apóia a entidade. O lar conta ainda com a ajuda financeira de um bazar beneficente criado para arrecadar recursos, e que fica localizado na Rua da Misericórdia. O Asilo está situado na Rua Papa João XXIII, número 278, Bairro Aparecida.
O “CONTRATEMPO”, na capa desta edição, analisa o fato.
Comments