A Prefeitura e a Paróquia Nossa Senhora de Oliveira assinaram, na tarde de sexta-feira (28), um convênio para obras de reformas na Igreja Matriz. A verba, no valor de R$ 105.816,44, é oriunda de recursos próprios da Prefeitura e do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural (FUMPAC).
O convênio foi assinado pela prefeita Cristine Lasmar (MDB), representando o município, e o pároco, padre Roberto Carlos de Almeida (Betinho). Também participaram os secretários municipais da Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, Kilder Pinheiro, da Fazenda, Luiz Fernando Lara e a chefe de Gabinete, Ana Maria Barros de Assis Ribeiro.
O valor do repasse financeiro foi definido com base em um plano de trabalho apresentado pela Paróquia Nossa Senhora de Oliveira, em que estão detalhadas as obras a serem executadas, entre elas iluminação, pintura, reforma de portas e recuperação do telhado da capela-mor.
Ao ressaltar a importância do investimento, Cristine lembrou que a Igreja Matriz é um bem imóvel tombado e de relevância, sendo um dos principais pontos turísticos de Oliveira.
Kilder Pinheiro enfatizou a necessidade de preservação dos imóveis históricos da cidade: “Por isso, é importante investir nas restaurações de locais como a Matriz, assim como vem sendo feito com o prédio da Casa da Cultura Carlos Chagas, que também está passando por diversas reformas”, observou.
De acordo com registros do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), o tombamento estadual da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Oliveira foi aprovado em reunião do Conselho Curador no dia 14 de agosto de 2002. A Igreja foi inscrita no Livro de Tombo n.° II, do tombo de Belas Artes; Livro de Tombo n.° III, do tombo Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos; e no Livro de Tombo n.° IV, do tombo das Artes Aplicadas.
Situada às margens da antiga Picada de Goiás – ramificação do Caminho Novo aberto nas Minas setecentistas – a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Oliveira foi construída entre os anos 1780 a 1790, em substituição à primitiva capela que se encontrava em degradação. O Templo carrega características de tipologia Rococó, construído em alvenaria de pedras em canjica, rebocado e pintado. A nave é ladeada por duas torres circulares ligeiramente recuadas, capela-mor com dois corredores laterais, sacristia atrás do retábulo-mor e, aos fundos, a Capela do Santíssimo, com acesso realizado pelo corredor lateral esquerdo e consistório com entrada pelo corredor direito. Devido às intervenções sofridas ao longo de várias décadas, a Matriz de Nossa Senhora de Oliveira apresenta característica de várias fases distintas, destacando-se o estilo rococó do início da construção e o neoclássico que marcou o fim das obras no século XIX.
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