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Foto do escritorLeonardo José da Rocha

Audiência sobre transporte coletivo termina sem soluções


Gustavo Bicalho

Moradores foram à Câmara e reclamaram da deficiência do serviço.


Uma audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Oliveira no dia 31 de outubro, para discutir a situação do transporte coletivo no município, terminou sem apresentar uma solução para o problema. Durante a reunião, representantes da Prefeitura de Oliveira, da empresa Voltur (concessionária do transporte público), vereadores e moradores de diferentes pontos do município debateram sobre o assunto, na busca da melhoria do serviço, que atualmente não vem atendendo às necessidades da população. Na segunda-feira (6), durante reunião da Câmara Municipal, vereadores voltaram a pedir providências urgentes.


Durante a audiência pública, alguns moradores, principalmente de bairros mais distantes do centro, como também do distrito de Morro do Ferro, relataram as dificuldades enfrentadas no deslocamento para outros pontos da cidade, devido à grande redução do número de viagens e da extinção de linhas urbanas e rurais. Na sessão do Legislativo, no início da semana, Cleyton Murilo da Silva (PDT) disse que não esperava uma solução durante a audiência pública, e por isso cobrou ações mais rápidas. E anunciou que vai acompanhar o caso.


Antônio Ananias de Sousa (MDB) disse que a audiência foi mais uma mentira para iludir a população e que vê a dificuldade que muitas pessoas enfrentam há mais de sete anos. Lamentou que mais uma vez o problema não foi resolvido. Ao falar sobre a possibilidade do transporte gratuito, Adilson José da Silva (MDB) salientou que em Minas Gerais somente 20 cidades aderiram à tarifa zero. Ele se disse preocupado com o problema, pediu cautela à Prefeitura e Concessionária e observou que a população não pode ser penalizada.


Reinaldo Correa dos Santos (PSD) revelou ter saído da audiência entristecido pela falta de acordo e pelo que vem acontecendo com a população. O vereador foi um dos que pediram à Prefeitura para intervir. Para ele, chega a ser desumano o drama das pessoas que necessitam do transporte público, muitas com dificuldade de locomoção. Geraldo Nicácio Júnior (PSD) se sentiu indignado como outros vereadores, porém informou que o transporte é uma preocupação da Prefeita Cristine Lasmar (MDB) e de sua equipe de governo.


Para Sirley Clécio da Silveira (PDT) a Câmara foi feliz em promover a audiência, por mostrar à Prefeitura e à Voltur que o problema exige uma solução. Ele acrescentou que no início do contrato de concessão, em 2014, a empresa pagava para explorar o serviço e hoje o sistema se tornou deficitário, invertendo a lógica do acordo. Para Gilmar Sebastião Cândido (PODE), existe, por parte da Prefeitura, um descaso com o transporte público há mais de seis anos, tempo em que o problema vem se arrastando. Já o vereador Robson Lima Souza (PDT) entende que a situação está neste ponto porque convêm ao município e à empresa, afirmando que se houvesse interesse o problema teria sido resolvido.


Clodoaldo José de Paula (PODE) entende que o problema não terá solução, pelo menos em curto prazo, e salientou que a responsabilidade de encontrar uma saída é da Prefeitura. Ele defendeu que o município assuma o transporte e ofereça o serviço gratuitamente. Outro que propôs a gratuidade foi o vereador Éderson de Souza da Silveira (MDB). Ele sugeriu a criação de um fundo municipal de transportes, com recursos de impostos e da arrecadação das infrações de trânsito que começarão a ser aplicadas.

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