Arquivo GM
Mapeamento identificou áreas de alagamento e deslizamento na cidade.
Com o objetivo de identificar e mapear os pontos vulneráveis da cidade, militares do Sexto Pelotão do Corpo de Bombeiros de Oliveira procederam ao mapeamento de áreas de risco de Oliveira. A ferramenta fornece a visualização das regiões mais suscetíveis a eventos extremos, auxiliando a identificação dos locais que precisam de maior atenção, gerando áreas de exclusão de ocupação e indicação de investimentos de mitigação, contribuindo, assim, para o planejamento do uso e ocupação do solo.
O estudo, inédito em cidades da região, foi coordenado pelo tenente Antônio Márcio Vaz de Sousa, comandante da unidade do Corpo de Bombeiros de Oliveira. O intuito é criar um aplicativo para que todas as pessoas tenham acesso às informações contidas no mapeamento.
De acordo com o comandante, por meio do mapeamento foram identificadas as áreas de risco hidrológico e risco geológico, indicando as características específicas da área que contribuíram para que se transformasse em área de risco. O levantamento indicou também a quantidade de pessoas existentes em uma determinada área, mostrando o número de adultos, idosos, deficientes físicos, animais domésticos, pessoas acamadas e em outras condições e faixa de idade. O mapeamento mostra ainda, no caso de necessidade, a localização de abrigos previamente determinados pela Prefeitura e as principais rotas para se chegar a eles.
Antônio Vaz informou que foi incluída no mapeamento informações a respeito da localização dos postos do Programa Saúde da Família (PSF), no sentido de facilitar e tornar mais rápido o atendimento de vítimas, no caso de urgência e emergência. O comandante salientou que com um aparelho celular em mãos, um militar, agente de saúde ou outros servidores municipais poderão ter acesso a todas essas informações. Ele acrescentou que o mapeamento ainda será apresentado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e à Defesa Civil Municipal, para que o mapeamento seja avaliado e, em caso de necessidade, possam ser acrescentadas mais informações.
O mapeamento tem como principais objetivos reduzir o risco de desastres por meio do conhecimento pormenorizado das áreas de risco no município, promover a identificação e avaliação dos locais mais suscetíveis e de vulnerabilidades a desastres, de modo a evitar ou amenizar os danos e responder melhor às ocorrências. Busca ainda capacitar profissionais, no que tange ao conhecimento das áreas de risco, por meio de seu mapeamento; conhecer e propor melhorias ao plano de contingência, difundir a importância das ações de gestão do risco de desastres, em especial para os poderes Executivo e Legislativo Municipal, além de embasar o chefe do Executivo e representantes do Legislativo municipal para a destinação de recursos públicos em gestão do risco de desastre.
O mapeamento, que é todo digital, começou a ser feito em janeiro e o término aconteceu em julho deste ano. Para sua elaboração foram utilizadas algumas informações antigas, que haviam sido levantadas para o Corpo de Bombeiros. De acordo com Antônio Vaz, o levantamento é um trabalho que não existe em outras regiões de Minas.
O tenente que conduziu os trabalhos possui especialização em defesa civil e fez um curso de mapeamento de área de risco. Já o trabalho de digitalização do levantamento foi executado pelo cabo Rafael Fávero Silva, que detém profundos conhecimentos na área. O comandante informou que vem tentando conseguir apoio para a criação de um aplicativo do mapeamento.
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