Em apenas sete dias, os casos notificados de dengue em Oliveira cresceram 75.91%, porcentagem considerada muito elevada, de acordo com os padrões sanitários nacionais. Boletim da Secretaria Municipal da Saúde divulgado na quarta-feira (05) informa que, de 26 de março a 01 de abril, foram notificados 241 casos suspeitos da doença na cidade. Na semana anterior, de 19 a 25 de março, o número de notificações era de 137. Na primeira semana, as equipes de agentes de endemias, responsáveis pelo combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor do mal, efetuaram 1.145 visitas domiciliários. Já na semana seguinte o número de visitas subiu para 1.201.
O boletim revelou, ainda, que os bairros que mais apresentaram notificações foram o São Sebastião, com 44 e Rosário com 35. Caso a população de Oliveira não cumpra sua parte no combate à reprodução do mosquito Aedes aegypti, causador do mal, a tendência será de aumento dos casos, congestionando o atendimento no Pronto Atendimento Médico (PAM) e nos postos do PSF.
Ainda na primeira semana, além das visitas domiciliares quando são inspecionados os imóveis, orientados os moradores sobre a eliminação de depósitos de água parada, sobre a importância de manter a casa e quintal limpos todos os dias do ano, principalmente no período chuvoso, foi também realizado um mutirão de limpeza no bairro São Sebastião, com recolhimento de lixo e material que geralmente os moradores guardam em casa, como latas, garrafas, pneus, recipientes plásticos e outros objetos que possam acumular água.
Considerando que os bairros Cíntia e São Sebastião apresentaram grande número de notificações de dengue, foi proferida uma palestra com um teatrinho de prevenção na Escola Municipal Margarida Silva Santos, orientando os alunos e servidores sobre o risco da doença e métodos de prevenção.
O diretor de vigilância sanitária e epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Célio Willian Ferreira Damasceno, destaca que o aumento no número de notificações de casos de dengue no município favorece a ocorrência de surtos ou epidemias das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
“Com essa situação, é fundamental a intensificação das ações de controle envolvendo a gestão municipal e a sociedade civil, para eliminar ou adequar locais que possam acumular água. O controle do Aedes aegypti ainda é a melhor estratégia para evitar a transmissão de dengue, febre chikungunya e zika vírus”, reforçou.
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