Chikungunya chega a 20 casos em Oliveira

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• Doença pode causar dores nas articulações até por anos.

Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), na segunda-feira (13), informa que  Oliveira atingiu a marca de 20 casos chikungunya, sem nenhum óbito pela doença que vem apresentando um aumento alarmante de mortes em Minas Gerais, embora seja considerada menos mortal do que a dengue;

De acordo com o boletim da SES-MG, 62 pessoas faleceram em Minas Gerais, em consequência de complicações da doença neste ano, representando um aumento de 77,14% em relação aos 35 óbitos confirmados até 15 de abril. O número já é superior às 56 mortes registradas ao longo de todo o ano de 2023. O boletim informa ainda que, atualmente, seguem em investigação 31 mortes, número próximo dos 34 óbitos em análise que a SES-MG registrava em 15 de abril.

Minas Gerais concentra mais de 60% dos casos prováveis e das mortes por chikungunya no Brasil, conforme dados do Painel de Monitoramento de Casos de Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizados na terça-feira (14). Com 177.541 casos prováveis, ou seja, os notificados, exceto os descartados, da doença em todo o país, Minas Gerais lidera com 111.289, o que corresponde a 62,6% do total nacional.

Com 112.980 casos prováveis de chikungunya registrados pela SES-MG entre 1º de janeiro e 14 de maio, em menos de cinco meses Minas Gerais já ultrapassou os 102.205 registrados durante todo o ano de 2023, que era o recordista na doença no estado.

Diferentemente da dengue, cuja gravidade pode ser acentuada pela desidratação, a chikungunya não possui fatores de agravamento intrínsecos à doença. No entanto, o risco é potencializado quando há comorbidades dos pacientes, como diabetes e hipotireoidismo.

A chikungunya pode deixar sequelas graves nos pacientes, como dores articulares crônicas, que podem incapacitar total ou parcialmente por meses ou anos. O tratamento precoce, incluindo fisioterapia, é fundamental para aliviar os sintomas e minimizar as complicações a longo prazo. Os sintomas evoluem por fases, iniciando na fase aguda, com dores intensas nas articulações, passando pela subaguda e podendo chegar à fase crônica, quando as dores permanecem após meses da infecção.