Renato Carvalho,que atende em Oliveira, apontou riscos de procedimentos por modismo.
Até que ponto vale a pena recorrer às intervenções cirúrgicas com finalidades apenas estéticas? Este é um dos questionamentos feitos em uma reportagem publicada pela “Revista Impacto”, que apresenta entrevista com o cirurgião plástico Renato Carvalho, médico que atua em Belo Horizonte e faz atendimentos em Oliveira. A publicação alerta sobre os riscos de procedimentos irresponsáveis e desnecessários, feitos muitas vezes para atender padrões de beleza impostos pela mídia e pela sociedade. A reportagem mostra que o procedimento feito por simples modismo, além de não atingir o resultado esperado, pode acarretar diversos transtornos, como depressão, estresse e problemas financeiros, entre outros.
Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), maior titulação de um cirurgião plástico no país, Renato Carvalho aconselha que as pessoas jamais permitam que os padrões de beleza impostos pela mídia as induzam a buscar uma cirurgia plástica. O médico orienta que, ao procurar a cirurgia plástica, o primeiro passo deve ser a busca pelas reais possibilidades que podem ser oferecidas e principalmente suas limitações. Ele lembra que os procedimentos buscam os melhores resultados possíveis, mas é importante dizer que existem restrições, para evitar expectativas que vão além dos limites permitidos a cada pessoa.
O médico disse, na entrevista, que recebe pacientes com expectativas muito altas sobre a cirurgia plástica e sempre tenta realizar o sonho delas, mas nem todos os desejos podem ser atendidos, devido a limites anatômicos. Renato Carvalho salienta que o corpo e a face de cada um são únicos e isso precisa ser respeitado no processo cirúrgico. Por isso, nem sempre o biótipo do paciente é adequado às mudanças pretendidas. O cirurgião se mostra totalmente contra a banalização e a indicação sem critérios científicos de procedimentos ditos estéticos, realizados por aventureiros e pseudo-celebridades midiáticos.
Renato Carvalho salienta que a cirurgia plástica deve estar sempre aliada a idéia de saúde e bem estar. E acrescenta que definir o corpo não deve ser um objetivo que se busca a qualquer custo, simplesmente para ficar parecido com um atleta ou uma influenciadora digital. O cirurgião ressalta que a verdade por trás dos procedimentos estéticos pode ser assustadora, se o paciente não souber escolher o profissional adequado ou a hora de parar. Alguns tratamentos que se popularizaram pelas redes sociais, como a harmonização facial, se não forem realizados com os devidos cuidados, podem resultar em verdadeiras catástrofes.
O cirurgião orienta que para qualquer procedimento realizado, é importante que o paciente conheça bem a estrutura da clínica e a experiência do profissional que irá fazer o processo, que nunca deve ser feito fora do ambiente hospitalar. De acordo com pesquisa da SBCP, as pessoas entre 36 a 50 anos são as que mais realizam cirurgias plásticas (36,3%), seguidas pela faixa entre 19 a 35 anos (34,7%). As intervenções para fins estéticos mais procuradas são para aumento de mama (18,8%), lipoaspiração (16,1%), retirada do excesso de pele abdominal (15,9%), correção da flacidez da mama (11,3%) e redução da mama (9,9%).
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