Prefeitura de Oliveira
Carro fumacê percorreu diversas ruas da cidade durante o Carnaval.
Boletim epidemiológico divulgado na última semana pela Prefeitura de Oliveira revela um aumento considerável do número de notificações e de casos confirmados de dengue no município. Segundo o comunicado, entre os dias 3 e 9 de fevereiro, foram registradas 80 notificações, totalizando 148 casos em 2024. A elevação acompanha a tendência de alta incidência de dengue verificada em Minas Gerais, com aumento de quase seis vezes entre os dias 2 e 12 de fevereiro.
Conforme publicação feita pela Prefeitura, diante da situação observada nos últimos dias, mesmo durante o período de Carnaval a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do setor de vigilância em saúde, continuou o trabalho de combate à dengue em Oliveira. Uma das ações adotadas foi a aplicação de produtos para eliminação do mosquito Aedes aegypti, por meio do Ultra Baixo Volume (UBV), também chamado de fumacê. O controle é feito por veículo adaptados com bombas, cujo objetivo é bloquear a transmissão das doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, zika e chikungunya.
Segundo informação do Ministério da Saúde, no início deste mês a incidência de dengue em Minas Gerais era de 152 casos para cada 100 mil habitantes. Na atualização da última segunda-feira (12) este número disparou para 836,6, com aumento de 5,6 vezes. Minas Gerais é o segundo estado com maior incidência da doença, atrás apenas do Distrito Federal. No início do mês, o indicador era de 350 casos para cada 100 mil habitantes na capital federal. Agora, subiu para 2.286,2.
O estado de Minas Gerais e a cidade de Belo Horizonte vivem uma epidemia de dengue. O governo chegou a decretar estado de emergência ainda em janeiro. De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, Minas Gerais já tem 171.769 casos prováveis da doença. É o estado com o maior número de registros, seguido por São Paulo, com 83.651. No total, o país já ultrapassou a marca de 512 mil casos prováveis de dengue só em 2024. Nacionalmente, 75 pessoas morreram pela doença e o coeficiente médio de incidência está em 252,3 casos por 100 mil brasileiros.
O secretario de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, anunciou, durante coletiva de imprensa no dia 23 de janeiro, que Minas Gerais deve atingir o pico de casos de dengue até o mês de março. Na ocasião, o estado havia contabilizado 32.316 casos prováveis e 11.490 confirmados, além de 14 mortes em investigação e uma confirmada. Havia ainda o registro de uma morte causada por chikungunya, outro tipo de arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O secretário explicou que a explosão de casos não era esperada para 2024, já que 2023 já havia sido classificado como ano epidêmico. Ele lembrou que o comportamento comum da dengue é registrar um ano epidêmico intercalado por três anos com números mais baixos de casos.
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