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Foto do escritorLeonardo José da Rocha

Curso capacita agentes de endemias



Lucimar e Ludmila com técnicos da Superintendência de Saúde.
Foto: Divulgação

Lucimar e Ludmila com técnicos da Superintendência de Saúde.


Dois agentes de endemias da Secretaria Municipal da Saúde de Oliveira — Lucimar da Mata e Ludmila Andrade Resende — participaram, em Santo Antônio do Amparo, de um curso de capacitação em arboviroses. Lucimar exerce a função de agente de endemias há 19 anos e Ludmila há quatro meses.


Ministrado por Rogério Rocha, técnico em endemias da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, o curso teve como objetivo capacitar os agentes para tornarem-se multiplicadores de suas funções entre os demais membros da equipe que integram na Secretaria Municipal da Saúde. Entre os principais assuntos ministrados e debatidos destacam-se: Competências e atribuições do Agente de Controle de Endemias com o novo foco de sua atuação na promoção, prevenção e vigilância; compreender as competências e atribuições do agente conforme a Lei 11.350/2016; transmissão e sintomatologia das arboviroses – Dengue, Zika Vírus, Chikungunya e Febre Amarela.

Em entrevista à GAZETA DE MINAS Rogério Rocha explicou que anteriormente havia uma visão equivocada de combate para a erradicação do mosquito Aedes aegypti, o que é difícil em um pais tropical de clima úmido e quente, favorável à reprodução do inseto. Segundo ele, atualmente procura-se fazer o controle, ou seja, estabelecer um nível de população do mosquito que não chegue a causar doenças, conforme proposto pelo Ministério da Saúde, que seja 1% ou menos de 1% dos imóveis em cada município.

“Há uma percepção de que a dengue não é levada a sério, às vezes pelo poder público e muito mais pela população, que propicia criadouros do mosquito em lotes vagos, quintais, não acondicionando corretamente o lixo, principalmente na época de chuvas. Latas e plásticos são jogados, enchem de água, o mosquito eclode e surgem as epidemias”, criticou Rogério Rocha.

Segundo o técnico, muitas peças publicitárias para erradicação do Aedes aegypti não tratam o assunto com seriedade. “Às vezes parecem infantis, lúdicas, e isso faz com as pessoas que as assistem não sintam a gravidade do problema. As peças deveriam ser mais incisivas e até mesmo agressivas” observou.


Com relação ao surto de dengue no país do final de 2022 até os primeiros meses deste ano, Rogério ressalta que este é momento ideal para se incrementar mutirões de limpeza nos imóveis, para que quando chegar o período de chuvas, o mosquito não encontre condições de reprodução. “Dados Secretaria de Estado da Saúde revelam que provavelmente ainda vai haver problema com período de alta incidência do mosquito”, alertou.


Também participaram do curso de capacitação cerca de 20 agentes de endemias dos municípios de Cana Verde, Candeias, Carmo da Mata, Carmópolis de Minas, Passa Tempo, Santo Antônio do Amparo e São Francisco de Paula.

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