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Editorial:


Oliveira começa a revelar as silhuetas daqueles que vão concorrer à Prefeitura em 2024.

Parece que não, mas as eleições municipais de 2024 já começam a esquentar nos bastidores de Oliveira. E a questão maior é que o grupo político que hoje detém o poder terá que apresentar um candidato inédito e bom de voto. Do outro lado, a oposição terá, finalmente, uma chance real de emplacar uma chapa competitiva, podendo chegar à disputa no mesmo nível dos adversários. E uma terceira via, correndo por fora, também terá como concorrer de forma bastante competitiva. Teremos, finalmente, uma eleição mais parelha e diferente?


A equação é simples: a família do ex-prefeito Ronaldo Resende, que historicamente mostra grande potencial de voto, não terá nenhum membro na disputa direta pela Prefeitura. Isso abre um grande espaço no processo, pois o novo ungido terá que se empenhar, como nunca, para herdar o máximo do capital político até aqui acumulado pela atual administração, além de ter que provar seu próprio poder de voto. Certo é que, seja quem for o candidato apoiado pela prefeita Cristine Lasmar, não teremos mais uma eleição plebiscitária.


Para o lado oposto também valerá, a priori e principalmente, a força política, ao lado, claro, da capacidade de alterar o fluxo de votos, hoje claramente favorável à situação. Neste patamar, de nada adiantará, ao grupo opositor, oferecer uma chapa de conhecidos e carimbados nomes, se seus currículos também contiverem a contabilidade amarga da rejeição. Além disso, o discurso terá de vir renovado, bem como a estratégia a ser utilizada na campanha. Isto será crucial para as pretensões dos indicados, em vista da renovação da faixa etária do colégio eleitoral e a exacerbada influência das redes sociais nas decisões dos votantes.


Uma possível terceira via poderá, pois, tirar bom proveio dessa que será uma autêntica “briga de foices” entre os adversários tradicionais. Para tanto, terá que se apresentar como autêntica renovação, capaz de não apenas arejar a política local, como apresentar um novo programa de governo, alinhado com a realidade econômico-social do município, bem diferente de quatro anos atrás. Além disso, precisará de carisma, capacidade de liderança, retórica avançada e bons canais com os governos estadual e federal, capazes de garantir, a priori, as mais importantes promessas de campanha.


Todos esses possíveis postulantes ao governo municipal precisarão contar, ainda, com lastros bem amarrados junto a vereadores, ex-vereadores e ex-candidatos que já demonstraram força no momento de arrebanhar eleitores. E no mesmo patamar, serão cruciais os pactos com lideranças comunitárias nos diversos setores sociais, passando por religiosos, profissionais, educativos e classistas.


Dentro deste macro contexto político, o que anda ocorrendo na Câmara de Oliveira já tem lastros de influência no pleito do próximo ano, pois sabe-se que entre os treze vereadores, pelo menos três demonstram claras tendências de concorrer ao Poder Executivo. Seus atos já são medidos e pesados pela sociedade, cuja atenção já se volta para seus comportamentos, seus discursos, e pelas suas capacidades de oferecer ações proativas em favor do coletivo. E como contam com bastante visibilidade pública, esses possíveis pretendentes terão que dobrar os cuidados com suas atitudes no plenário, transmitidas ao vivo, sempre que estejam em sessões e eventos oficiais.


É enganoso afirmar que não é hora de pensar nas eleições municipais de 2024. Muitos, aliás, já estão mergulhados nelas há bastante tempo, naquilo que se chama de pré-campanha permanente e indisfarçável. É hora dos oliveirenses prestarem um pouco mais de atenção no desenrolar dos fatos, pois embora tudo só ocorra, de fato, no segundo semestre do próximo ano, os protagonistas já mostram suas verdadeiras faces.

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