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Editorial: Emergência vital




Pelo bem do povo de Oliveira e região, é imperativo que se preserve o convênio do Hospital com a Unimed.


Cobre-se da mais alta gravidade o impasse nas negociações entre o Hospital de Oliveira e a Unimed de Divinópolis, que ainda não conseguiram um acordo para dar continuidade ao atendimento a pacientes daquele plano de saúde. Caso não seja resolvida nos próximos dias, a questão trará sérios prejuízos diretos a milhares de pessoas, como também ao hospital, que necessita desses recursos para manter sua grande, eficiente e moderna estrutura.


A trajetória de crescimento do hospital de Oliveira tem como base a abrangência regional. Concretamente a instituição não serve apenas aos quarenta e dois mil habitantes de Oliveira, mas a um público de aproximadamente duzentas mil pessoas, espalhadas por cerca de quinze cidades, como também de outros pacientes que se deslocam de pontos distantes para receberem os cuidados técnicos necessários à cura.


Nas últimas duas décadas, o esforço foi concentrado no desenvolvimento de uma unidade hospitalar com potencial para dar muito mais conforto, bem estar e certeza de recuperação da saúde. Além disso, o projeto funciona como um centro de absorção de demanda permanente, desafogando o atendimento nos grandes centros, especialmente na capital Belo Horizonte, para onde, antes, eram canalizados os casos mais graves. Neste aspecto, é incomensurável o serviço prestado pela Santa Casa de Oliveira ao complexo de saúde de Minas Gerais.


Para além disso, é importante colocar na balança a extensão do serviço prestado pelo Hospital São Judas Tadeu à empresa Unimed, que em todo esse tempo usufruiu desse eficaz núcleo de atendimento, aumentando sua área de atuação, sua intrínseca credibilidade e carteira de conveniados, em vista da positiva relação custo-benefício.


Há de ser entendido, entrementes, que a continuidade do convênio não interessa apenas às duas instituições, mas de forma muito mais profunda e capital à população do Centro Oeste de Minas, que no caso de um possível rompimento se verá em irreparável prejuízo e, pior ainda, na iminência de danos insanáveis no que diz respeito à vida e integridade física. É preciso ponderar, neste momento, que este convênio não é o único mantido pela Unimed. Ao contrário, essa grande e robusta cooperativa está enraizada em todo o Brasil, mantendo acordos bem maiores com hospitais metropolitanos. Ora, não é possível que apenas em Oliveira o convênio não seja mais viável, em face dessa extensa e experiente rede de saúde.


Dada a importância social, tanto do hospital quanto da Unimed, engrenagens básicas na estrutura de saúde de Oliveira e demais municípios, é crucial que sejam acrescidas às negociações, que ainda se processam, a dimensão e a importância de que se revestem, assegurando a continuidade do atendimento de forma justa e equilibrada, garantindo a estabilidade financeira da Santa Casa e sua magnânima trajetória de crescimento e sucesso, servindo à preciosa causa da vida.


Para que tais objetivos sejam atingidos, seria de bom alvitre que mais técnicos da área sejam convidados à mesa, que os argumentos tenham lastros em convênios mantidos pelo mesmo plano de saúde com outras unidades hospitalares e que sejam disponibilizadas todas as informações sobre preços dos produtos envolvidos no custo geral, com orçamentos tomados a mais de uma empresa fornecedora, favorecendo-se da boa concorrência entre elas, enfim esgotando as possibilidades de ajuste.


Porque a saúde não espera e a vida não pode estar abaixo de frios argumentos comerciais.

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