Ano novo começa com importantes mudanças nos poderes constituídos. Que sejam pelo bem de todos.
Neste domingo, primeiro dia do ano de 2023, inaugura-se um novo ciclo na política. Em Oliveira toma posse a nova mesa da Câmara; no Estado o governo de Romeu Zema inicia seu segundo mandato e na esfera federal retorna ao poder central Luis Inácio Lula da Silva. Existem claros liames entre essas posses e, mais ainda, enormes esperanças de que passos possam ser dados à frente.
Em Oliveira termina a gestão de Antônio Ananias (Ferrugem) à frente do Poder Legislativo. Inquestionável que, nos últimos dois anos, o presidente da Câmara tenha promovido mudanças na maneira de conduzir o Poder Colegiado. Em consequência das desavenças que culminaram com seu rompimento com o grupo que ora comanda o Poder Executivo Municipal, Ferrugem encontrou terreno fértil para desatar amarras partidárias que deixavam o Legislativo parcialmente engessado. Mesmo com atritos e algumas vezes desagradando alguma parte, ele mostrou que o melhor caminho, embora mais difícil e espinhoso, é manter sempre o distanciamento, sem, contudo, agredir a harmonia entre as instâncias.
No âmbito estadual, Romeu Zema inicia o segundo mandato à frente do Poder Executivo, sufragado nas urnas por também ter inaugurado uma gestão que ele mesmo decidiu rotular de “diferente”. Na verdade, de diferente nada houve, mas o mandatário ganhou terreno ao se distanciar de tudo que pudesse lembrar o estilo e o destino de seu antecessor, Fernando Pimentel, que contraiu enorme dívida com os municípios, recebendo dos prefeitos alcunha de caloteiro. O “diferente”, vocábulo que virou logomarca de Zema, nada mais foi do que pagar em dia, tanto os municípios quanto os servidores públicos, que também sofreram significativos atrasos no governo anterior. Ou seja: o atual governador de Minas apenas cumpriu seu dever.
Já a posse de Lula trará mudanças mais acentuadas na condução do país, que sairá de uma atabalhoada gestão, marcada pelo culto à mentira, negacionismo, extremismo e flerte com o golpismo. Caberá ao novo governo federal as tarefas mais íngremes: fim do armamentismo; reunificação da sociedade; retomada da pluralidade, do convívio com as diferenças, da diplomacia internacional, da prioridade da educação, saúde e cultura, da universalidade dos símbolos da pátria, do verdadeiro patriotismo. Lula não é nenhum neófito. Já dirigiu o Brasil por oito anos consecutivos, com indiscutíveis avanços econômicos e sociais, detendo, portanto, conhecimento e experiência para fazer mais um bom governo.
Ao acordar na manhã desta segunda-feira, portanto, Oliveira, Minas Gerais e o Brasil se levantarão sob novas luzes. Que este possa ser não apenas o início de um novo dia, mas os primeiros lampejos de um novo tempo, onde todos sejam definitivamente honrados e dignificados, ao amparo das leis, da independência e harmonia entre os poderes, do mais amplo estado de direito e, sobretudo, dos imensuráveis benefícios da autêntica liberdade.
Nesta dura tarefa de caminhar para frente, Oliveira precisa estar em uníssono com o restante da nação. No quintal do município será preciso manter os ganhos alcançados no Legislativo. No campo estadual será prioritário manter a probidade e gerar efetivos avanços econômicos. E no grande torrão nacional, que se extingam as divisões, que se apague o ódio, que retorne a paz, que frutifique a fraternidade, que se defenda a floresta, que se cultue o respeito e que nunca mais seja posto em risco ou em xeque o valor e a essencialidade da democracia.
Feliz 2023!
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