Oliveira evolui positivamente em área crucial para a manutenção da vida.
Há avanços importantes do município de Oliveira no setor de saneamento básico. Dos investimentos para tratar o esgoto, às obras de infraestrutura da Prefeitura e a atenção dada à destinação dos resíduos sólidos, é fato a existência, neste momento, de um contexto administrativo proativo, visando proteger a saúde coletiva e o meio ambiente. Esta postura política é altamente favorável, pois vai ao encontro das modernas formas de provimento e, ao mesmo tempo, de aprimoramento da cidadania, assim vista como um conjunto de práticas e situações que realmente justificam o pagamento de impostos e taxas, pois redundam, claramente, em benefícios sociais.
Houve, entretanto, um longo e difícil caminho trilhado, para que os agentes políticos chegassem à conclusão de que esta é e melhor e talvez única direção possível da gestão pública, em meio aos apelos e alertas feitos diuturnamente pela ciência, a respeito das atitudes que possam, ainda que com muito atraso, salvarem o que resta do planeta e da raça humana.
É certo que os mandatários estejam agindo mais por pressão e imposição da verdade, do que por seus níveis de informação e esclarecimento. Também não há dúvidas de que já agem cumulativamente pelos temores de que suas descendências sejam alvejadas, implacavelmente, pelo apocalipse. Vê-se que não há mais espaços para dúvidas, vacilos ou ingênuas alegações, no momento de tomar as atitudes corretas e necessárias para livrar a sociedade das imundícies que ela mesma produz e que podem levá-la a um fim prematuro e torturante.
É assustador o tamanho do problema a ser enfrentado daqui para frente, no que diz respeito à limpeza, tanto de grandes quanto de pequenas cidades, povoados e espaços rurais. Para onde se vá ou se vire, a natureza aparece de feições carrancudas, ameaçadoras, armas de destruição acionadas. Isso pode ser constatado nos desastres ecológicos cada vez mais frequentes e graves, fenômenos que atingem todo o planeta e que não dão sinais de arrefecimento. Aterradoras enchentes, letais deslizamentos de encostas, aniquiladores bombardeios de granizo, tudo levando prefeitos, vereadores, instituições públicas e privadas a uma quase desesperada tentativa de mudança.
Ainda há tempo de evitar o pior? Talvez, mas as atitudes precisam ser corretas, rápidas e abrangentes. Foi-se o tempo em que os prefeitos davam preferência a obras que pudessem aparecer frontalmente aos olhos de seus eleitores, para provar que realmente “trabalhavam”. Hoje, construções pouco visíveis tomaram dimensões estelares. Instalações de redes de captação e escoamento de enxurradas, evitando os danos materiais e políticos das inundações; extensões de redes de água potável, captação e tratamento de esgoto in natura; limpeza de córregos urbanos e correta destinação do lixo, com ênfase na reciclagem e construção de aterros sanitários, tudo isto entrou, finalmente, na ordem do dia das administrações municipais.
Neste contexto, esta urbe apresenta não apenas projetos e boas intenções, mas obras reais e definitivas, tirando a cidade do retrocesso e conseguindo avançar alguns firmes passos na busca da plena sustentabilidade. Muito há de se fazer, mas a marcha parece sem volta e uma obrigação inarredável dos próximos administradores e legisladores.
O mundo se afunda na avalanche do consumismo e a humanidade prefere exaurir, a preservar os recursos da Terra. E enquanto não se tem uma luz em nível global, é prudente que cada um faça a sua parte.
Comments