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Editorial: Perspectivas do trabalho


Em tempos difíceis, Oliveira mostra força ao manter seus níveis de empregabilidade.

Ao comemorar, nesta segunda-feira, mais um Dia do Trabalhador, as atenções dos poderes públicos de Oliveira deveriam se voltar para esta que é a questão crucial do desenvolvimento econômico e social de uma nação: a geração de emprego e renda. Neste sentido, uma rápida avaliação dos números, níveis e porcentagens oferecidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) seria suficiente para os agentes políticos se orientarem sobre possíveis e necessárias ações, já que, legalmente eleitos, carregam as responsabilidades inerentes aos seus cargos.


Partindo da certeza de que os mandatários realmente se aprofundam nesse quesito básico, com certeza constataram uma situação que, mesmo longe de ser cômoda, acena para a firme capacidade da economia local. Senão vejamos: em fevereiro de 2023, Oliveira realizou 372 contratações com carteira assinada. Ao compararmos esse número com o mesmo período de 2022, veremos que ocorreram 327 admissões, uma variação positiva de 13,7%, o que, por si, já enseja um brinde.


Mas os bons ares foram ainda mais longe. No mesmo período houve notável redução no número de demissões. Enquanto em fevereiro de 2022 421 pessoas perderam seus empregos, em fevereiro de 2023 esse número baixou para 279, ou seja, 33% a menos. Aí já seria motivo até de festa.


Segurar a empregabilidade é o primeiro e talvez mais importante pilar do desenvolvimento econômico e social. Fazê-la crescer é o maior e mais dadivoso desafio de munícipes verdadeiramente probos e competentes. Ao vencer, praticamente sem perdas laborais, um dos mais difíceis períodos da moderna história da humanidade, caracterizado pela avassaladora pandemia de covid-19, praga que varreu o planeta, deixando um melancólico rastro de sofrimento e milhões de mortes, a comunidade oliveirense exibiu, de forma insofismável, sua índole trabalhadora, suas nítidas feições fraternas e solidárias.


Mas esta é apenas uma boa notícia, que poderá se esvair, caso os poderes constituídos não sejam capazes de fazer uma leitura holística e um pouco mais técnica da realidade. Neste âmbito, é preciso conhecer a dinâmica do mercado de trabalho, aproveitando essas boas premissas para projetar algo melhor.


Ora, se a cidade está provando vigor no serviço, é tempo de levantar e alinhavar arranjos locais, no intuito de fermentar e fazer crescer esse bolo promissor. E aí os olhares devem se voltar para os empresários, os empreendedores, as lideranças e, principalmente, para a entidade de classe que os congrega, ou seja, a Associação Comercial e Industrial de Oliveira (ACINOL). De fato, não há de se falar em desenvolvimento econômico, sem contar com o protagonismo da livre iniciativa, condição que, em Oliveira, ainda não atingiu os níveis desejados.


Sintomaticamente, a história econômica deste município sempre tendeu a esperar que “empresas de fora” se instalem e gerem os empregos esperados. Esta filosofia gabiru nos impinge a enganosa certeza de que, com raras e louváveis exceções, toda a nossa força empresarial não é capaz de promover investimentos um pouco mais ousados no setor produtivo, preferindo habitar os seus casulos, de onde sai apenas para prover seu próprio sustento.


Aproveitando a passagem do Dia do Trabalhador e cumprindo, mais uma vez, seu papel de dotar a comunidade de informações que lhes sejam úteis e transformadoras, esta GAZETA DE MINAS traz, nesta edição, uma reportagem especial sobre os positivos números afetos à empregabilidade em Oliveira, comparando-os, inclusive, com municípios de vocação industrial, na certeza de que, nas mãos dos agentes políticos e do empresariado, possam se transformar em realizações concretas em favor do autêntico progresso.


Porque somente o trabalho gera honra e riquezas.


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