É notória a rápida expansão do setor esportivo em Oliveira. E isto se dá, graças à nova onda que nos brinda com duas modalidades em vertical ascensão: o Beach Tennis e o Futvôlei, ambos derivados das praias do Brasil, especialmente do Rio de Janeiro, onde já são tradicionais. Uma onda que vem do mar e que, além dos relaxantes ares do litoral, agrega a socialização e a essencial prática da atividade física, transformando-se em “produto” extremamente vendável, turbinando a economia em seus vários aspectos.
Este cenário, de insofismáveis benefícios, já se forma concretamente no município, com o advento de pelo menos três empreendimentos voltados para esse fenômeno, o primeiro deles concluído em tempo recorde e já em pleno funcionamento, podendo-se dizer, já sem espaço para crescer, dentro do imóvel alugado para esse fim. Outro espaço, em ponto de inauguração, avança na estrutura e no conforto, apontando para a tendência à sofisticação, entregando um serviço nunca visto na cidade no setor de lazer e desportos.
Até aqui, entretanto, estamos diante de empreendimentos particulares, voltados para um público de boas condições financeiras e situado em alto nível na pirâmide social. É, por conta disso, uma prática que ainda restringe a participação popular, caminhando no sentido de cobrir uma grande demanda, ainda inexplorada, mas que tende a se saturar, à medida em que os empreendedores ampliarem seus complexos, explorando um filão que tem respondido satisfatoriamente, mas que tem limites bem definidos.
Conveniente tocar os poderes Executivo e Legislativo de Oliveira sobre esta nova realidade e as imensas possibilidades que representa no âmbito da sociedade em geral. Já seria possível desenvolver projetos de quadras de areia comunitárias em bairros, levando essas novas modalidades esportivas, de grande aceitação, para alunos de escolas públicas. Neste sentido, é possível a transformação de algumas quadras de cimento, já construídas e que se encontram em preocupante estado de subutilização, deteriorando-se no tempo e vitimadas pelo vandalismo proveniente do abandono.
Fácil projetar os inúmeros benefícios que isso gerará para as comunidades com menor poder aquisitivo e fundamentalmente no bem estar da juventude, encaminhando centenas de adolescentes à saudável prática esportiva, agora de maneira bem mais ampla e prazerosa, envolvendo totalmente meninos e meninas, lotando as quadras hoje praticamente vazias. Pois da mesma forma que atrai e conquista os mais ricos, a quadra de areia reserva uma inédita capacidade de congregar uma camada social que necessita ainda mais dessa ferramenta de convivência e valorização individual, tirando muitos jovens do caminho do vício e da marginalidade.
Em todos os níveis que possa ser pensada, o advento da quadra de areia também produzirá um progressivo incremento da economia, envolvendo principalmente os ramos de alimentação, produtos esportivos, vestuário e mobilidade, iniciando um processo de instalação e diversificação de lojas.
São, portanto, imensuráveis os benefícios que poderão advir da expansão inteligente e proativa deste novo e promissor negócio, que quanto mais se avolumar, mais acrescentará pontos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mola-mestra do autêntico progresso das cidades e nações.
Por tudo isto, esta GAZETA DE MINAS oferece a Oliveira, nesta edição, reportagem especial sobre o “boom” das quadras de areia, na certeza de que tais informações possam despertar mais e mais pessoas a este gostoso e saudável hábito, e os políticos a esta rara oportunidade de mostrar um bom serviço público, fazendo jus aos votos recebidos e justificando seus onerosos mandatos.
Porque se o esporte é vida, nada melhor do que oferecê-lo a todos, em abundância.
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