O oliveirense terá de se acostumar a receber cada vez mais doses de vacinas
Constata-se, de forma indubitável, que doenças como covid-19 e gripe entraram definitivamente no dia a dia de Oliveira. E agora, já no início do segundo semestre, começará a ser disponibilizada a vacina contra a dengue, que como se vê e se vivencia neste momento, também é um perigo real, iminente e contínuo. Algumas outras vacinas já inseridas no Plano Nacional de Imunização (PNI) continuam valendo para todos e devem constar, com seus obrigatórios reforços, no cartão físico e também agora no e-SUS, a ferramenta virtual do governo que comprova se o cidadão está em dia com ele mesmo.
A apresentação do histórico vacinal já é praticamente uma condição básica para quem deseja entrar no mercado de trabalho. Em muitos casos a vaga de emprego é perdida por falta de um imunizante. Um dos casos típicos é o da vacina contra covid-19, exigida pela maioria das empresas no ato de contratação de seus funcionários. Por razões óbvias, o empregador quer se acercar das garantias de que o novo colaborador terá menos chances de se incapacitar transitoriamente para o trabalho, já que o ambiente laboral é compartilhado por muitas pessoas, utilizando as mesmas instalações, os mesmos objetos, as mesmas máquinas, diuturnamente.
Segurança parece ser a palavra certa para a importância das campanhas de vacinação em pleno Século 21. Outrossim, razões climáticas têm posto a Organização Mundial da Saúde (OMS) em alerta máximo. As alterações produzidas de maneira inconsequente pela raça humana no meio ambiente têm afetado os ciclos da vida, fenômeno que atinge também os micro-organismos, entre os quais os vírus, as bactérias, os fungos e demais inimigos do organismo humano.
Cepas produzidas em laboratório, no afã da ciência em produzir antídotos para as novas doenças que vão surgindo, vez ou outra escapam de seus tubos de ensaio, espalhando-se pelos ares de grandes cidades, infectando corpos, produzindo sofrimento e mortes em série. Foi este o caso da pandemia de covid-19, iniciada na China por uma possível “escapada” laboratorial. É real a possibilidade de surgimento de novos vírus, frutos das alterações no clima, e, como consequência, não estão longe novas e graves pandemias.
Em meio a esta disfunção global, existem múltiplos relatos de oliveirenses que se recusam a tomar vacinas, entre elas a da covid-19, por medo de que, com base em relatos enganosos, o imunizante possa provocar até mesmo a morte, por uma suposta inflamação dos músculos cardíacos, doença conhecida como miocardite, como se esse mal só ocorresse agora. É evidente que algumas pessoas que tomaram a vacina vão ter miocardite, mas não trazida pelo imunizante, e sim por outras razões que em regra causam a inflamação há séculos.
E daí advém outro fator hodierno capaz de matar milhões de seres, um mal pior e mais contaminante do que os próprios vírus: o negacionismo, aliado às notícias falsas. As “fake news” se espalham de forma rápida e letal pelos celulares, computadores e emissoras de linhas editoriais criminosas, ligadas a ideologias extremistas, de índoles violentas e produtoras de ódio.
Se há uma verdade que precisa ser urgentemente admitida pelos oliveirenses é a eficácia das vacinas, cuja aplicação só tende a aumentar, pelas múltiplas razões aqui elencadas. Ontem a covid, hoje a gripe, amanhã a dengue e mais à frente o que ainda desconhecemos. O ciclo se repetirá indefinidamente e dele não haverá como fugir.
Questão de saúde, questão de vida. Questão de inteligência.
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