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Entrevista especial: A candidatura de Othon Carvalhais Siqueira Júnior


Foto – Othon (centro) com seus pais: “Propostas visam atender o coletivo em âmbito estadual, inclusive o município de Oliveira.”


Ele nasceu em 1964. É casado há 36 anos, tendo três filhas, um filho e uma neta. É formado em engenharia civil, com pós-graduação em gestão ambiental e engenharia sanitária. Concursado da COPASA há 14 anos, não tem militância política e se diz admirador de seu bisavô sanitarista, Lourenço Baeta Neves, que foi prefeito de Poços de Caldas e deputado federal. Nesta entrevista à GM, o oliveirense Othon Carvalhais Siqueira Júnior diz por que se candidatou ao cargo de deputado estadual.


Gazeta - Por que você decidiu se candidatar a deputado estadual?

Othon - Minha intenção de candidatura não é o emprego e sim a contribuição. Política não deve ser visada como meio de sobrevivência e temos que acabar com as mordomias dos deputados na Assembleia, que abrange as verbas indenizatórias (gastos reembolsáveis) como: A) Locação de imóvel e despesas a ele concernentes, incluindo as ordinárias de condomínio, IPTU, água, energia elétrica; B) Limpeza; conservação; higienização; sistema de segurança e as de telefonia fixa e móvel; C) Combustível e lubrificante com veículos terrestres; D) Manutenção e despesas gerais com veículos terrestres; E) Serviços técnicos profissionais de consultoria, assessoria e pesquisa; F) Material de expediente, despesas gerais com informática e locação de móveis e equipamentos para o escritório de representação político-parlamentar; G) Passagens, hospedagem e alimentação; H) Assinatura de publicações, periódicos e clippings; I)Promoção e participação em eventos. Fonte Deliberação 2.446, de 2009. Como não recebessem o salário de R$ 25.322,25.


Gazeta - Em 2010 você havia tentado uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, porém não foi eleito. Por que demorou tanto tempo para lançar uma nova candidatura?

Othon - Por motivo de força maior e de minha dedicação à Empresa COPASA, na qual trabalho há 14 anos. Um dos motivos de minha candidatura é proteger a população, protegendo a COPASA. Concordo que o Estado deve ser enxuto e necessita privatizar empresas para atingir esse objetivo. Entretanto, sou contra a privatização da COPASA, pois existe uma ideia equivocada ao dizer que a privatização do saneamento básico abrirá concorrência entre empresas e o resultado seria redução de valores e melhorias na prestação dos serviços propostos. É preciso saber que no ramo saneamento não tem como existir concorrência entre empresas privadas, pois é impossível a exploração das atividades do ramo por mais de uma empresa, como abertura de valas em vias públicas, tanto para distribuição de água quanto para esgotamento sanitário (esgoto) e outorga para captação de água (escassez). A concorrência seria somente na licitação da privatização que posteriormente ficaria somente com uma empresa explorando as atividades. Saneamento básico é questão de segurança de estado Gazeta - Diante disto, qual é sua expectativa para o pleito de outubro deste ano?

Othon - Ser eleito. Caso não consiga, retorno para meu cargo efetivo na COPASA. Informo que estou apto para aposentadoria.


Gazeta - Caso consiga se eleger, quais são suas principais metas enquanto parlamentar estadual?

Othon - Funerárias, autoescolas: • Redução da alíquota IPVA de 4% para 1% (como as locadoras de veículos). • Compra de veículos nos moldes aplicados aos táxis (IPI). • Vencimento do IPVA somente a partir de abril. Veículos caracterizados/vistoriados e utilizados exclusivamente para o trabalho “merecem” os benefícios já disponibilizados às locadoras de veículos e taxistas, pois atendem às necessidades da sociedade prestando serviços essenciais para comunidade. Outras propostas: • Auto Socorro - prancha/guincho de 3% para 1%. • Veículos com mais de 30 anos - IPVA isento (sem necessidade de placa preta). • Táxi - 2% para 1% (isso para os que não declaram ISS, pois esses são isentos. • Escolares - 2% para 1%.


Gazeta - Além de Oliveira, em quais municípios vem buscando apoio para sua candidatura?

Othon - Nos 853 municípios do Estado de Minas Gerais, pois em todos existem pelo menos uma ou mais instituições aos quais minhas propostas os beneficiarão. Estou em contato através das mídias e através de seus Sindicatos, como SINDINEF (funerárias), SIPROCFC-MG (CFC / autoescolas), SEAME (funcionários das CFC).


Gazeta - Especificamente em relação a Oliveira, que tipo de ações você projeta para o município?

Othon - As minhas propostas visam atender o coletivo em âmbito estadual, inclusive o município de Oliveira, do qual estarei sempre à disposição para atender aos anseios da população, através de seus poderes Legislativo e Executivo.


Gazeta - Aproximadamente, quantos votos você necessita para se eleger e quais são suas estratégias de campanha?

Othon - A quantidade de votos para eleger um candidato nas eleições pelo sistema proporcional é difícil de ser prevista, mas Oliveira está com candidato que escolheu partido com menos representatividade para conseguir se eleger com menos votos. Este oportunismo eu nunca utilizaria. Estou no PL, o mesmo do atual presidente do Brasil, partido que necessita de votos expressivos tanto para deputado federal quanto para deputado estadual. Minhas estratégias são através das instituições, seus sindicatos/conselho e mídias.

Gazeta - Qual o seu diferencial frente a outros candidatos, que faria com que as pessoas votassem em você?

Othon - Renovação, substituir políticos profissionais que não realizam promessas de campanhas. Estou com 58 anos, essa será minha última investida na política, sendo eleito ou não. Penso que quatro anos é tempo suficiente para um deputado fazer algo em favor do coletivo e ser eficiente nas promessas de campanha. Acredito que deveria haver renovação na Assembleia em todas as eleições.

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