O jornal Gazeta de Minas esteve na segunda-feira (04) com o empreendedor Allef Eduardo, para um bate-papo sobre a marca e o sucesso que ele vem fazendo nas redes sociais. Confira os trechos da entrevista e assista na íntegra.
1 - Gazeta de Minas
Se apresente para o público.
Allef Eduardo
Primeiramente quero agradecer à Gazeta de Minas, o jornal mais antigo de Minas. Para mim é uma honra falar com vocês. Meu nome é Allef, tenho 28 anos e sou formado em publicidade, atualmente cursando design de moda e vivo da minha marca de roupas.
2 - Gazeta de Minas
De onde surgiu o nome Rafife? Qual foi a inspiração?
Allef Eduardo
Eu costumo falar que foi algo muito natural, eu tinha outra marca com meu amigo Nathan Silva, jogador do Clube Atlético Mineiro atualmente, ao qual sou muito grato e a toda sua família. Na época ele era da base, e quando subiu pro profissional e foi ficando corrido, decidimos separar a sociedade. Foi então que um amigo me deu a ideia de colocar o meu apelido Rafife na marca. Costumo dizer que é o errado que deu certo.
3 - Gazeta de Minas
Como surgiu seu gosto por moda?
Allef Eduardo
Eu sempre digo que as pessoas deveriam valorizar mais a moda, pois é algo que anda ao lado da saúde, algo muito importante. Quando você chega bem vestido a um lugar, isso se torna uma característica. Eu também tentei ser jogador, sempre sou esforçado, e uma vez no Paraná um senhor me disse, de fora do campo, que eu deveria estudar além do Futebol, pois o conhecimento ninguém pode me tirar, já minha carreira, sim. No “mundo da bola” o pessoal gosta de andar com estilo, e as coisas foram acontecendo. Devido à publicidade, comecei a fazer camisas personalizadas. O amor vem de criança, pois minha avó foi costureira, minhas tias são costureiras, mas eu não sabia que eu tinha esse dom, que foi desabrochando com o tempo.
4 - Gazeta de Minas
E no início você mesmo produzia suas peças?
Allef Eduardo
Foi algo muito bacana. Tenho um amigo que, quando saímos para jogar futebol juntos e morar em São Paulo, na cidade de Taubaté, onde trabalhei em uma agência de publicidade, me aconselhou a conhecer o mercado de lá. Eu mudei de Divinópolis, onde trabalhava com meus professores. Em um dia fomos a Ubatuba com ele e tive a ideia de fazer as camisas de frases, e eu fiz uma camisa na qual escrevi: “Nunca nem vi”. Todos me perguntavam “Onde você comprou?”, e foi ai que comecei a pegar o jeito, pois eu comecei a indicar que era minha marca e passar meus contatos para conversar posteriormente, mesmo sem ainda ter a peça.
5 - Gazeta de Minas
Você esperava ter uma loja como a sua hoje?
Allef Eduardo
As coisas aconteceram naturalmente, porém eu não esperava. Atualmente temos uma loja física e vendemos muito pelas redes sociais. Temos uma empresa nos ajudando a criar um site também. Tem coisas novas vindo por aí que serão boas não só para mim, mas para Oliveira. É uma coisa muito legal, pois podemos gerar mais empregos e é da cidade.
6 - Gazeta de Minas
Você é uma inspiração para muitas pessoas. Como você se sente com isso?
Allef Eduardo
Às vezes fico pensando, nos momentos que estou sozinho: hoje, principalmente aqui na cidade, todos me conhecem, e muitas pessoas dizem que sou inspiração. Até costumo dizer que a marca cresceu de uma forma tão grande, mas eu me sinto como aquele menino que saiu do Alto São Sebastião e morou no Bairro das Graças, com o coração bem do interior mesmo. Muitos falam que sou inspiração, que muitas pessoas famosas estão comigo. Sei do meu potencial, que é algo que em momento nenhum eu vou deixar de reconhecer, mas acho que é preciso ter humildade. Eu sempre penso muito antes de fazer as coisas, até por ser inspiração para muitas pessoas, pois é um detalhe perigoso, principalmente por ser conhecido na região e por temos que tomar cuidado com nossos atos. Por isso sou uma pessoa centrada e focada no que eu faço.
7 - Gazeta de Minas
Como seus produtos são confeccionados?
Allef Eduardo
Essa é a dúvida de muita gente. Hoje poucas pessoas sabem que a Rafife é uma marca de confecção própria e que as peças são produzidas aqui em Oliveira, gerando empregos não só na loja, mas em todo o processo de produção. Atualmente compro um tecido melhor. Por exemplo: no inverno eu compro o tecido no sul, e vou mais pela qualidade, e levo o tecido para a costureira e elas cortam e fazemos a modelagem da forma que eu quero, e em algumas fazemos o silk com um rapaz daqui. Não pegamos a peça pronta. Tem todo um processo, e como comentei no início, eu estou fazendo faculdade no CEFET de Divinópolis de design de moda, e isso foi muito bom, porque eu já vivia esse processo e hoje você ter o contato de primeira mão é muito bom, porque você pega o tecido, você vê a peça enrolada, existe uma técnica que você deixa a peça dormir, você cortar e viver todo o processo de uma confecção, e poucas pessoas sabendo. É bom que serve de inspiração para o pessoal, que queira ter sua marca, muitos me mandam mensagens perguntando como comecei e como funciona.
8 - Gazeta de Minas
Você produz peças diferentes para o mercado. Comente.
Allef Eduardo
Sim, isso é o diferencial de tudo que você vai fazer na vida. Vocês mesmo da Gazeta de Minas, estão no mercado há quanto tempo e conseguem inovar, porque isso torna-se um diferencial, porque mais do mesmo continua o mesmo, mas tudo muda quando você faz uma peça exclusiva. Eu tenho alguns amigos dos Estados Unidos e enquanto aqui é inverno lá já é verão. Isso ajuda muito, pois eu busco e estudo muito sobre moda e gosto de estar antenado. E minha formação de design gráfico facilita muito para fazer peças exclusivas.
9 - Gazeta de Minas
Muitos famosos vestem sua marca, e muitas pessoas da cidade também. Como você lida com isto?
Allef Eduardo
Parabéns pela pergunta! Tenho autonomia de falar que apesar de muitas pessoas ver e ter dúvidas, eu sou grato a Deus e também ao pessoal da cidade que comprou a ideia no início, e ai nasce o nosso sucesso. E muitos têm vontade vir na loja e não vêm, por receio, as vezes por achar que é só para famosos. Mas, não. Desde o mais famoso ao pessoal da cidade, a Rafife é de todos.
10 - Gazeta de Minas
As peças da Rafife são para qual público?
Allef Eduardo
Poucas pessoas sabem por terem preconceito, sem saber como é aqui, mas temos clientes de todas as idades, e por ser confecção própria, temos condição de fazer peças destinadas a todos os públicos. De crianças a idosos, a Rafife é para atender todos.
11 - Gazeta de Minas
O que você diria para o pessoal que não o conhece? Onde as pessoas podem achar você?
Allef Eduardo
Desde já convido a todos para conhecerem a loja. Será uma honra recebê-los. Como temos uma confecção própria da cidade, o pessoal pode vir conhecer um pouco mais do nosso trabalho, como fazemos. Volto a dizer que a Rafife é para todos. A pessoa pode vir para conversar e conhecer. Estamos nas redes sociais com o @rafife e no WhatsApp 37 99161-5000.
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