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Entrevista Especial: Jacqueline Brasil busca se eleger deputada federal

Jacqueline diz ter o olhar mais atento para os jovens do país.

A comerciante Jacqueline Calixto Barbosa de Jesus, a Jacqueline Brasil, 37 anos, é a primeira mulher negra oliveirense a disputar uma vaga na Câmara Federal por Minas Gerais. Casada, mãe de três filhos e vinda de uma família humilde, ela possui ensino médio completo. Nas eleições de 2016 e 2020 concorreu a uma das cadeiras na Câmara Municipal de Oliveira, sendo atualmente suplente pelo PDT, seu atual partido. Ao lado de seu marido, Adriano Brasil, idealizou em 2015 um projeto social de construção de um campinho de futebol que atende os bairros Retiro das Pedras e Jardim dos Bandeirantes. Nesta entrevista, ela fala sobre os motivos de sua candidatura e metas de trabalho, caso seja eleita.


Gazeta - Por que você decidiu se candidatar a deputada estadual? Não acredita ser arriscada essa candidatura?

Jacqueline - Acredito muito na força da mulher, e a presença de mulheres na política ainda é consideravelmente baixa. Precisamos ter voz na Câmara dos Deputados e continuar lutando para que cada vez mais a mulher tenha espaço e voz na política do nosso país.


Gazeta - Nas duas últimas eleições municipais você se candidatou a vereadora em Oliveira, mas não se elegeu. Qual é sua expectativa para o pleito deste ano?

Jacqueline - Em 2018 tive 106 votos, foi meu primeiro contato com a política. Logo em 2020 estávamos vivenciado a crise da Covid-19, e mais uma vez resolvi colocar meu nome à disposição e tive 107 votos. Desde então busco ter conhecimento sobre a política do nosso país. Sei dos obstáculos e das dificuldades de me candidatar a deputada federal, porém tenho segurança e tranquilidade para fazer um bom trabalho.


Gazeta - Caso consiga se eleger, quais são suas principais metas enquanto parlamentar na Câmara dos Deputados?

Jacqueline - Fazer política com consciência, trabalhar em favor da igualdade, da melhoria da educação, trabalhar para o crescimento e desenvolvimento econômico. Poder desenvolver mais as políticas públicas em nossa cidade e região. E principalmente ser a voz do povo negro na Câmara dos Deputados.


Gazeta - O deputado estadual e candidato ao Senado, Cleitinho Azevedo está apoiando sua candidatura. Qual o peso deste apoio para sua campanha?

Jacqueline - O deputado estadual Cleitinho, têm feito um excelente trabalho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Ele trabalha para o povo e faz para o povo. Neste sentido, temos as mesmas ideias e propósitos para fazer política. Com a sua candidatura ao Senado, e o apoio dele vamos ter mais força e união, para que nossas propostas e metas possam se concretizar.


Gazeta - Além de Oliveira, em quais municípios vem buscando apoio para sua candidatura?

Jacqueline - Com o apoio do Cleitinho, estamos trabalhando e conhecendo bastante a nossa região. Eu já conheci um pouco das demandas e das dificuldades em Betim, Divinópolis, Carmo da Mata e Cláudio. Teremos uma atuação bastante significativa em nossa região, e ainda pretendo conhecer outras cidades.


Gazeta - Uma vez eleita, você apresentaria projetos logo no início do mandato? Se sim, quais?

Jacqueline - De início estudarei mais sobre as leis que já estão aprovadas e sancionadas, porém não são executadas. Não podemos ser uma máquina de fazer leis, sem ao menos cumprir e executar de forma correta as que já estão sancionadas. Mas acredito que muitas propostas de projetos de lei possam ser apresentadas. Um exemplo disso é nossa juventude, que também precisa ser ouvida, precisamos criar projetos de incentivo às políticas públicas para os jovens. Então inicialmente quero ter esse olhar mais atento para nossa juventude.


Gazeta - Especificamente em relação a Oliveira, que tipo ações você projeta para o município?

Jacqueline - Oliveira é uma cidade estrategicamente bem localizada e com muitos recursos que podem ser explorados em benefício da população. Trabalhar para que o desenvolvimento econômico em nossa cidade possa melhorar. Além disso, reafirmo que podemos fazer mais para a educação do município. No passado já tivemos aqui pólos educacionais como, por exemplo, o CEFET, e que infelizmente foi retirado da cidade. Voltando com os pólos educacionais, além de beneficiar os jovens, beneficiaríamos também outros setores. O agronegócio em Oliveira também é muito forte, porém com pouco incentivo por parte do poder público. O pequeno produtor precisa ter essa atenção especial, tudo isto é uma cadeia que projeta para o desenvolvimento do nosso município.


Gazeta - Aproximadamente, quantos votos você necessita para se eleger e quais são suas estratégias de campanha?

Jacqueline - A candidatura a deputada federal requer um número de votos bastante considerável. Meu partido é o PDT e temos candidatos fortes e com muita representatividade. Porém, me preocupo nesse momento em fazer um bom trabalho, uma campanha com transparência, com seriedade. É preciso reafirmar que as cadeiras representativas precisam ser ocupadas pelo povo. Essa minha é prioridade.


Gazeta - Qual seu diferencial frente a outros candidatos a deputado federal que fariam com que as pessoas votassem em você?

Jacqueline - Eu sou mulher negra, pobre, venho de uma família simples, sou mãe de três filhos, esposa e dona de casa. Não é fácil, administrar tudo isto, porém, com coragem, com fé, e com seriedade enfrento os problemas diários como a maioria das mulheres do nosso país. É necessário e importante para o progresso da nossa política ter essa representatividade feminina e a minha voz na Câmara dos Deputados será a voz de centenas de mulheres, homens e jovens de periferia, que não têm oportunidades, que sofrem preconceitos, mas que terão espaço dentro do meu mandato.

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