Carlos Augusto Mattos
Karla Ribeiro, à frente, com o grupo de estudantes na Câmara.
Um grupo de estudantes do ensino médio da Escola Estadual Professor Pinheiro Campos, de Oliveira, está desenvolvendo um trabalho de pesquisa para controle do escorpião amarelo (Tityus serrulatus). A atividade faz parte do Programa de Iniciação Científica na Educação Básica (ICEB), criado pelo governo do estado. Na última segunda-feira (27) um grupo de alunos, acompanhado pela professora Karla Teresa Ribeiro, orientadora do projeto, esteve na Câmara Municipal para apresentar o estudo.
A presença dos alunos e da professora no Legislativo foi solicitada pelo vereador Sirley Clécio da Silveira (PDT), por meio de requerimento. Karla Ribeiro informou que o trabalho “modelagem matemática aplicada ao controle de escorpiões amarelos em Oliveira” é um projeto de pesquisa e iniciação científica, em que o governo do estado incentiva que a escola ultrapasse os muros para que o conhecimento não fique restrito ao saber teórico, mas que possa ser prático, por contribuir para o município.
A professora disse que o tema foi escolhido, em razão da grande demanda existente em Oliveira em relação ao problema do escorpionismo, que é o nome que se dá para os casos de envenenamento por picada de escorpiões ou para o quadro clínico que acontece depois do acidente escorpiônico.“Enxergando esta demanda, o grupo de alunos tem feito estudos para colaborar com a situação, que não é só de alguns, mas de todos”, salientou. Ela comentou a importância de apresentar o projeto na Câmara, e pediu a colaboração e o apoio dos vereadores em divulgações futuras.
Os estudantes que estiveram presentes à reunião falaram sobre o ICEB, salientando que o programa de iniciação foi instituído para que os alunos do ensino médio possam trabalhar na área de pesquisa científica, e quando ingressarem no ensino superior, já tenham esse caminho feito. Um deles informou que o aparecimento de escorpiões assusta e preocupa as pessoas, principalmente as crianças e idosos, por terem imunidade mais baixa, e que no Brasil os escorpiões amarelos são responsáveis pelo maior número de casos de envenenamento,
Outra estudante explicou que um dos objetivos do estudo é criar um modelo matemático que auxilie na criação de soluções para a incidência do escorpião amarelo nas casas de Oliveira e outros municípios que enfrentam problemas semelhantes. A modelagem matemática cria um modelo que simula o problema para prever o controle da população de escorpiões. O grupo também apresentou informações sobre a biologia, uma delas que a fêmea não necessita do macho para a fecundação e cada indivíduo tem, em média, 40 filhotes por ano.
Vereadores parabenizaram a professora e os alunos pelo desenvolvimento do projeto, destacando sua importância em razão dos problemas causados pela incidência dos escorpiões, principalmente em algumas regiões da cidade. Também disseram que o estudo pode contribuir para amenizar a situação. Sirley Clécio propôs um voto de aplauso a todos os envolvidos no estudo. Mais informações sobre o projeto e o escorpião amarelo podem ser obtidas pelo Instagram iceb.eeppc.
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