A falta de fraldas geriátricas e dieta enteral na farmácia da Secretaria Municipal de Saúde, em Oliveira, foi debatida na reunião da Câmara Municipal realizadas na segunda-feira (5). Vereadores apontaram o problema que vem atingido principalmente famílias de pacientes de menor poder aquisitivo que não têm condições financeiras para arcar com os custos dos produtos. A farmácia fornece de forma gratuita medicamentos, dietas para diferentes tipos de pacientes, leites especiais e fraldas, entre outros. A nutrição enteral é uma forma de alimentação para pacientes que não devem ou conseguem se alimentar por via oral.
O vereador Gilmar Sebastião Cândido (PSC) criticou a situação. Ele disse ter sido procurado pela família de uma paciente em tratamento oncológico, que depois de receber alta de uma internação, esteve na farmácia da Prefeitura à procura de fraldas e dieta, mas não encontrou os itens. O vereador considerou a situação como uma vergonha e comentou que a doença não espera. Cândido também fez críticas à Prefeitura por gastar altas cifras na reforma e construção de praças públicas, porém não investe na aquisição de produtos para a saúde. Ele também salientou que os pacientes que necessitam desses itens não podem esperar a montagem de processo de licitação por um longo período.
Robson Lima Souza (PDT) também relatou ter recebido ligação de uma pessoa informando que uma paciente que recebeu alta do hospital em estado crítico não conseguiu nem fralda e nem a dieta. Para o vereador, o fato é lamentável, pois vê gastos absurdos em outras áreas, enquanto a doença vem corrompendo as famílias de baixa renda. O vereador salientou a necessidade da mão forte da prefeita Cristine Lasmar (MDB) para a solução do problema.
Outro parlamentar que abordou a situação foi Clodoaldo José de Paula (PSC) ao classificar a falta de fraldas e dieta como um problema sério na saúde de Oliveira. Ele informou que alguns vereadores têm recebido ligações quase todos os dias de pessoas reclamando do problema. O vereador salientou que as dietas enterais são muito caras e por este motivo as pessoas de baixa renda não conseguem comprar o alimento. Clodoaldo de Paula destacou a necessidade da Secretaria de Saúde fazer uma reserva do produto, para que este tipo de problema não venha a ocorrer.
Antônio Ananias de Sousa (MDB) destacou que pessoas estão sofrendo com a situação e os vereadores estão sofrendo junto com elas. Relatou que há muito tempo ele e outros colegas vêm falando sobre a falta de medicamentos, fraldas e dieta. Ele anunciou que irá propor um projeto de lei, pelo qual o paciente já vai sair do hospital ou de qualquer unidade de saúde com encaminhamento para receber remédios e dietas necessárias ao seu tratamento. Também observou que a população pobre não tem condição de pagar, em média, R$ 30,00 por uma caixa de dieta enteral, que em muitos casos é suficiente para alimentar o paciente por apenas um dia.
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