Crescimento está mais lento, mas município não perdeu estoque de vagas
O município de Oliveira gerou 252 novas vagas formais de emprego nos dez primeiros meses de 2023, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e do Emprego. Nesse período, 3.258 trabalhadores foram contratados com Carteira Profissional no regime CLT e 3.006 foram desligados. Uma elevação de 2,81% sobre o volume de emprego formal no início do ano (8.960).
Comparativamente ao mesmo período de 2022, houve um desaquecimento na geração de novos postos de trabalho, com uma diferença de 78 vagas. No entanto, os dados acabam sendo positivos, não registrando diminuição no estoque de vagas. Ou seja: não houve perda de postos de trabalho, mas desaceleração ante o mesmo período de 2022.
Os setores de serviços, com 181 novos postos, e o da indústria, com 65 novas vagas, foram os responsáveis pelos maiores índices na evolução do crescimento nestes 10 meses. Em seis deles as contratações superaram os desligamentos, sendo o maior saldo em maio, com 122 contratações e o pior em setembro, com 51 desligamentos.
De acordo com análise do economista Sirley Clécio da Silveira, observa-se que o município de Oliveira vem gerando novos postos de trabalho, puxados principalmente pelo setor de serviços e pela indústria neste ano de 2023. O desafio para o município é preparar e qualificar a mão-de-obra, principalmente para esses setores que cada vez mais exigem trabalhadores mais qualificados e com experiência.
“É preciso demonstrar para a juventude a importância dos estudos. Além disso, oferecer cursos profissionalizantes e de qualificação deve estar no dia-a-dia na agenda do poder público”, observou ele, mostrando, entretanto, que a tarefa não é fácil, pois não basta oferecer qualificação, se ela não estiver em sintonia com que o mercado exige. Daí, segundo o técnico, a necessidade de cada vez maior de ocorrer a interação entre a sociedade civil, como a ACINOL, Sindicatos e Associações, e o Poder Público, na formulação destes objetivos.
Quanto ao ritmo de crescimento dos novos postos de trabalho, ressaltou o economista que a desaceleração tem ocorrido em nível nacional, não sendo apenas um fator localizado, estando atrelada, em parte, às elevadas taxas de juros e algumas incertezas econômicas, que acabam adiando novos investimentos.
A perspectiva, no curto prazo, é que a aceleração possa ser retomada, devido às recentes quedas da taxa Selic, à possível aprovação da Reforma Tributária e aos investimentos do governo, pela retomada das obras paralisadas do PAC.
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