Maioria dos atos criminosos á praticada por membros da família
Comemorou-se nessa quarta-feira (15) o Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. A data foi instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, tendo como função alertar a sociedade sobre os direitos dessa faixa etária.
A violência contra a terceira idade teve um aumento significativo durante a pandemia. Dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100) indicam que mais da metade das denúncias de violência contra o idoso aconteceu dentro do ambiente familiar, tendo como autores principalmente filhos ou netos.
Patrícia Viana Barros de Campos, assessora jurídica do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Oliveira, diz que, ao contrário do que a família e a sociedade pensam, o idoso tem vontade própria e que a comunidade e a família têm que estar atentas aos seus anseios, angústias e desejos.
A assessora acrescenta que, segundo o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
Patrícia deixa sua mensagem: “Ser idoso não é ser inválido, não é perder a voz, não é deixar de ter sonhos”. E fala diretamente aos idosos: “Em caso de violação de seus direitos, não se cale, denuncie. Há serviços e órgãos de proteção e responsabilização de violações de direitos.”
Para denunciar uma violência ou maus-tratos ao idoso, ligue no Disque 100. As denúncias são gratuitas e anônimas. Você pode procurar também o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) ou Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de seu município, como também a Promotoria de Justiça ou Delegacia de Polícia.
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