O aterro controlado de Oliveira, no qual o lixo urbano vinha sendo depositado nos últimos anos, terá suas atividades encerradas a partir desta terça-feira (20). A medida foi necessária em virtude do terreno do lixão, com cinco hectares, estar com a capacidade de aterramento esgotada e em cumprimento da Lei Federal 14.026/2020, que estabelece a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos que não podem ser reaproveitados por meio da reciclagem. Desde o dia 11 de outubro, todo o resíduo sólido recolhido em Oliveira está sendo levado para o aterro sanitário da empresa Integração de Resíduos, no município de Bambuí.
Com o encerramento das atividades do lixão, a Prefeitura vai economizar R$ 6.900,00 por mês, que é o valor do aluguel do terreno, e também o pagamento do trator de esteira que prestava serviços, cujo pagamento era feito por hora trabalhada. Com a destinação adequada, o município passará a receber do governo do estado recursos oriundos do ICMS Ecológico. De acordo com a secretária municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Flávia Maria Reis Almeida, o serviço de coleta seletiva atualmente está deficitário. A proposta para o próximo ano é promover campanhas de educação ambiental nas escolas municipais, com auxílio da Secretaria de Educação, e também nas escolas estaduais e particulares.
Em 2023 também será feita a entrega de um caminhão novo para cada uma das associações de catadores da cidade, a ASCOL e a Sustentar, para que elas possam aumentar a rota de coleta, evitando os problemas de não recolhimento que têm acontecido com frequência. Em outubro deste ano uma equipe técnica da ARISB-MG, a agência reguladora que fiscaliza a gestão dos resíduos sólidos urbanos em Oliveira, esteve no município para uma vistoria no aterro controlado, quando destacou a considerável melhora das condições do local, principalmente em relação à visita feita em agosto de 2021.
A recomendação dos técnicos da agência foi para que o aterro controlado fosse fechado o quanto antes, atendendo a legislação e evitando impactos ambientais cada dia mais negativos. Recomendaram também o monitoramento da área depois do encerramento, com plantio de vegetação, análises periódicas dos corpos hídricos próximos e cercamento, para que nenhuma atividade seja executada, permitindo a recuperação natural da área.
Flávia Reis também solicita o apoio da população, no sentido de separar o lixo seco do molhado e destinar para a reciclagem o que pode ser reaproveitado. Com o encerramento do lixão, todo o lixo doméstico está sendo depositados em contêineres que ficam em uma área de transbordo, devidamente licenciada, de onde são encaminhados, diariamente, para um aterro sanitário particular em Bambuí (MG). A secretária esclarece que este tipo de destinação, adotada por muitos municípios da região, tem custo elevado, pois é pago por tonelada de resíduo enviado, daí a importância da separação do lixo reciclável, que ajuda na diminuição da quantidade de lixo depositado nas caçambas e, o mais importante, o material volta para a cadeia de produção como matéria prima.
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