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Foto do escritorLeonardo José da Rocha

Meio rural também deve fazer prevenção contra a dengue


 Imagem da Internet

Se for possível, bebedouros de água devem ser limpos semanalmente.

 

O governo do estado está intensificando ações para enfrentamento da dengue e outras arboviroses. Neste sentido, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG) busca conscientizar a população rural a ajudar a combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, trabalho de prevenção fundamental que não se restringe às áreas urbanas.


O alerta acontece em um momento de explosão de casos em Minas Gerais. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até 15 de fevereiro o estado havia registrado 62.872 casos de dengue, um aumento de quase 700% frente à mesma época de 2023, quando ocorreram 7.912 notificações positivas. Já o número de mortes pela dengue é 500% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.


A melhor forma de prevenção da doença é o controle do mosquito transmissor, que também ocorre no meio rural, especialmente em regiões muito próximas às cidades. Embora o raio de vôo da fêmea do mosquito raramente ultrapasse os 200 metros em regiões com aglomeração de pessoas, nas áreas sem barreiras pode chegar a um quilômetro. Além disso, os mosquitos são transportados por diversos meios com ajuda involuntária do homem.


“Na natureza, os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver até 400 dias fora d’água, o que aumenta a necessidade de identificação de possíveis criadouros pelos proprietários rurais”, destaca a engenheira ambiental Jane Terezinha Leal, coordenadora estadual de saneamento ambiental da EMATER-MG. Segundo ela, a primeira coisa a se observar é em relação ao lixo da propriedade, pois qualquer resíduo que possa reservar água de chuva ou que armazene água parada deve ser acondicionado em sacos plásticos. O lixo deve ser fechado e colocado num local com tampa, ou seja, nunca deve ficar aberto.


Outra questão é em relação a plantas e jardins da propriedade. Deve-se colocar areia ou fazer a limpeza semanal naquelas que estiverem em vasos ou pratos pelo menos uma vez por semana. A coordenadora salienta que a limpeza desses recipientes deve ser feita utilizando bucha, sabão e um pouco de água sanitária. Ela também pede atenção a calhas e lajes das casas, porque a água pode ficar acumulada nesses locais, lembrando a importância de se fazer uma vistoria e retirar qualquer folha ou objetos que impeçam a saída de água. As caixas d’água também precisam ser mantidas sempre fechadas, porque mesmo uma abertura pequena é o suficiente para o mosquito entrar e deixar os ovos.


No meio rural, é comum as pessoas utilizarem tonéis, bombonas ou outros recipientes para armazenar água, como bebedouros de animais. Se for possível fazer a limpeza desses depósitos deve ser feita semanalmente. Já se não for possível, é preciso mantê-los fechados. As cisternas também devem ser fechadas. Outra preocupação é com o destino do esgoto doméstico rural, já que ainda hoje mais de 70% das propriedades rurais têm uma fossa rudimentar ou há ainda aqueles que lançam o esgoto direto em córregos e no solo.

 

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