Prefeitura de Oliveira
Prefeitura tem adotado medidas preventivas para evitar explosão de casos.
Embora o número de casos de dengue neste início de 2024 em Oliveira seja relativamente pequeno, com 16 confirmados em janeiro, a possibilidade de um novo surto não está descartada. A combinação de altas temperaturas e chuvas intermitentes é a receita perfeita para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Para evitar que se repita o cenário de 2023, quanto foram notificados 4.084 casos prováveis, dos quais 4.049 tiveram confirmação, resultando em quatro óbitos, a Prefeitura, por intermédio do setor de vigilância em saúde, tem trabalhado para evitar a proliferação da doença.
O diretor da vigilância em saúde, Célio Willian Ferreira Damaceno, informou que de acordo com dados da Vigilância das Arboviroses em Minas Gerais, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde, durante o mês de janeiro foram notificados 16 casos prováveis de dengue em Oliveira, todos eles confirmados. Ele disse ainda que está sendo realizada na cidade uma força-tarefa com o objetivo de evitar a proliferação do Aedes aegypti. O trabalho consiste na capina e limpeza de ruas e lotes, notificação de veículos abandonados e recolhimento de materiais que possam acumular água, entre outras ações.
O setor de vigilância em saúde também realizou, na primeira quinzena de janeiro, mais um Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). Com coletas em 870 imóveis, a verificação apontou um percentual de 5,9%, considerado de alto risco para a transmissão de dengue, zika vírus e chikungunya. Com o objetivo de conter o avanço do mosquito transmissor, a Prefeitura ainda está realizando mutirões de limpeza em imóveis abandonados, além da busca ativa em diversos pontos da cidade.
O secretario de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, anunciou, durante coletiva de imprensa na terça-feira (23), que Minas Gerais deve atingir seu pico de casos de dengue até o mês de março. Até o momento o estado contabiliza 32.316 casos prováveis e 11.490 confirmados, além de 14 mortes em investigação e uma confirmada. Há ainda o registro de um óbito causado por Chikungunya, outro tipo de arbovirose também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O secretário explicou que a explosão de casos não era esperada para 2024, já que 2023 já havia sido classificado como ano epidêmico. Ele lembrou que o comportamento comum da dengue é registrar um ano epidêmico intercalado por três anos com números mais baixos de casos.
Depois de passar pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias (CONITEC), a vacina contra a dengue Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, foi incluída no Sistema Único de Saúde (SUS), passando a ser aplicada gratuitamente. O Ministério da Saúde informou que o imunizante não será utilizado em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório informou ter capacidade restrita de fornecimento de doses. A vacinação será focada em públicos específicos e em regiões consideradas prioritárias. A previsão é que sejam entregues 5.082 milhões de doses, entre fevereiro e novembro de 2024, sendo que o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Ou seja: cerca de dois milhões e quinhentas mil pessoas receberão o imunizante este ano.
O Ministério seguirá a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), priorizando a faixa etária entre 6 e 16 anos.
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