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Márcio Almeida é referência da minificção brasileira


Formatos brevíssimos como modernas ferramentas de interatividade literária - Foto: Márcio Almeida

Autor dos livros "Miniconto - em defesa dos frascos e comprimidos" e "Pioneiros do miniconto no Brasil - resgate histórico-literário", o escritor e cronista oliveirense Márcio Almeida embasa a tese de doutorado de Francilene Maria Ribeiro Alves Cechinel, que acaba de ser publicado pela Editora UFMG.


Segundo Wendell Guiducci, não se poderá mais falar da genealogia da minificção no Brasil, sem que sejam citados os estudos de Francilene Cechinel. Desse modo, a somatória de conhecimento teórico inscrita no livro, como a registrada por escritores como Márcio Almeida, Jorge Luís Borges, Haroldo de Campos, Antonio Cândido, Heloísa Buarque de Hollanda, Dalton Trevisan, entre outros, constitui um rico acesso de reconhecimento sobre a emergência das formas brevíssimas do gênero no Brasil.


Diz Márcio Almeida que, com destreza teórica, Francilene Cechinel estabelece um debate acadêmico hispano-americano que já conta com formulações densas a respeito do fenômeno, cuja terminologia engloba especificidades complexas como miniconto, microconto, microrrelato e minificção.


O pesquisador de poética de vanguarda paulista Bruno Baptistelli, por sua vez, estuda os poemas do livro-catálogo bilíngue "Orwelhas Negras", de Márcio Almeida, lançado em 1985, reconhecendo nele a mídia de produção que vai de cartões-postais a fotos e outros materiais.


Márcio Almeida observa que o livro Orwelhas negras reúne a teoria visual da didEYEtica de uma gramática do olho, que dá sustentação à sua arte poética experimental com a poética do concretismo, do poema processo, da arte postal e demais vanguardas históricas.

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