Leo Rocha
Justificativa é reforma do prédio da escola, prevista para o próximo ano.
Depois de enfrentar uma situação gerada pela possibilidade do fechamento da instituição de ensino, a comunidade escolar da Escola Estadual Mário Campos e Silva vive agora um novo impasse. Conforme comunicação feita pela Superintendência Regional de Ensino (SER) de Divinópolis, o educandário não terá nenhuma turma do sexto ano em 2024. A decisão, motivada pela previsão de reforma do prédio, tem preocupado a direção, professores e pais de alunos, já que os estudantes terão que ser matriculados em escolas mais distantes de suas residências. Existe também o temor de que após as obras de restauração a instituição perca o prédio.
De acordo com a vice-diretora da escola, Lázara Aparecida dos Santos, se realmente for realizada a reforma do prédio, uma parte do imóvel deverá ser interditada. Na hipótese da construção de novas salas modulares, como é a proposta da SRE de Divinópolis, a vice-diretora observa que o espaço é reduzido em relação às salas normais, o que não comportaria um número maior de alunos. Lázara dos Santos diz que uma coisa que está preocupando muito a comunidade escolar, que lutou tanto para a escola não ser fechada, é a possibilidade dos alunos terem que sair dos bairros próximos à Mário Campos para estudar em escolas mais distantes.
A vice-diretora salienta que os estudantes do sexto ano, que são menores, e que por isso deveriam ser matriculados naquela instituição de ensino, terão que percorrer uma longa distância até a Escola Doutor José Maria Lobato (Polivalente), outra em que o sexto ano é oferecido em Oliveira. Ela lembra ainda que muitas famílias residentes no Bairro São Sebastião e localidades próximas, não têm condições de pagar o transporte escolar para os estudantes. Outra possibilidade apresentada pela SRE é tirar a entrada do primeiro ano da Escola Estadual Desembargador Continentino e colocar entrada de sexto ano. Para Lázara dos Santos esta proposta também é inviável pela distância do local.
Sobre a reforma do imóvel existem duas propostas até o momento. Uma delas, apoiada pela prefeita Cristine Lasmar (MDB) e pelo deputado estadual Lucas Lasmar (REDE), é de que as obras no prédio sejam realizadas sem a necessidade da retirada dos alunos e professores das salas de aula. Para isso a prefeita até ofereceu colocar à disposição da escola um servidor da área de segurança do trabalho para fiscalizar o andamento dos trabalhos para que não aconteça nenhum acidente de trabalho. Por outro lado a Secretaria de Estado de Educação defende a ideia de construir novas salas numa área próxima à quadra de esportes, onde existe um grande espaço desocupado. Cristine Lasmar entente que o dinheiro investido na construção dessas salas, em torno de um milhão de reais, poderia ser utilizado na reforma do telhado e da rede elétrica do imóvel, que são as intervenções que precisam ser feitas com mais urgência.
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