Oliveira é um dos sete municípios da Região Centro-Oeste de Minas Gerais incluídos na Rota do Café, declarada monumento nacional pelo governo federal. As outras seis cidades da região são: Tapiraí, Bambuí, Iguatama, Arcos, Formiga e São Francisco de Paula. A rota passa também por cidades mineiras como Patos de Minas, Araxá, Santana da Vargem, Varginha, Três Corações, São Lourenço, Santa Rita do Sapucaí e cruza o município de São Paulo. Começa na Rodovia BR-365, no município de Patrocínio (MG), e termina na Rodovia SP-150, no Porto de Santos (SP).
A instituição da Rota do Café como “14º Monumento Nacional do Brasil” foi efetuada mediante publicação no Diário Oficial da União de quarta-feira (01 de novembro), da Lei 14.718, de 2023, de autoria do deputado federal Diego Andrade (PSD-MG), sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na justificativa do projeto de lei, o autor explicou a importância histórica da Rota do Café: “A decadência do Ciclo do Ouro nas últimas décadas do Século 18 provocou grandes mudanças em Minas Gerais. Nos primeiros anos do Século 19, as lavouras de café da Capitania do Rio de Janeiro atingiram Minas Gerais pelos vales dos afluentes do Rio Paraíba do Sul. Localizaram-se, inicialmente, na Zona da Mata, mas difundiram-se, a ponto de ser a principal atividade da Província de Minas Gerais durante o Brasil Império e agente indutor do povoamento e do desenvolvimento da infraestrutura de transportes e de energia.
Durante todo o Século 19 e também parte do Século 20, o trajeto traçado no projeto de lei constituiu-se na Rota do Café, o caminho necessário para o escoamento da produção com destino ao Porto de Santos. A dificuldade em transportar o café para comercializá-lo, desestimulava e trazia prejuízos aos produtores. Mas a prosperidade gerada pelo café trouxe um surto de desenvolvimento, reforçado pelas políticas governamentais favoráveis à produção, implementadas pelo Executivo após a Proclamação da República”.
A distinção é de grande importância para Oliveira, que sempre desempenhou um papel fundamental na história do café e pode agora se aproveitar dessa designação turisticamente, promovendo sua história e herança relacionada ao produto. O turismo relacionado ao café pode atrair visitantes interessados na cultura, na história e no sabor desse grão, que desempenhou um papel tão significativo na região.
A Rota do Café abrange estradas federais e estaduais, que conectam 50 municípios mineiros, passando por São Paulo até o Porto de Santos, onde o café era tradicionalmente escoado e comercializado. O café, que chegou originalmente pelo norte do país, via Guiana Francesa, se consolidou como uma importante commodity no Sudeste do Brasil, sendo exportado para todo o mundo. Em 2022, o Brasil exportou mais de 39 milhões de sacas de 60 quilos do grão, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).
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