A Prefeitura Municipal de Oliveira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou no dia 2 de março a vacinação com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19. O público alvo da primeira etapa da imunização são as pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença e que já tenham tomado pelo menos duas doses monovalentes prévias. A vacinação acontece em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, onde estão instalados os postos do Programa Saúde da Família (PSF). As vacinas bivalentes, como o nome diz, são capazes de imunizar contra mais de uma versão de um vírus de uma só vez.
Inicialmente podem ser vacinados os idosos de 60 anos ou mais; pessoas imunocomprometidas acima de 12 anos, que são aqueles cujos mecanismos de defesa (sistema imunológico) estão comprometidos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência; gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente acima de 12 anos e população carcerária ou em cumprimento de medidas socioeducativas. Tanto os agendamentos quanto a definição do público alvo, no entanto, são feitos por cada unidade de saúde e pode variar de acordo com a demanda de cada posto do PSF. Pessoas que pertençam a esses grupos sociais devem aguardar o contato. Posteriormente a vacina será aplicada em outras faixas da população.
Para a fase inicial da vacinação, a Secretaria de Saúde de Oliveira recebeu um total de 2.919 doses, não havendo até o momento previsão para a chegada de uma nova remessa. Até o momento o Ministério da Saúde está distribuindo somente o imunizante da Pfizer, que utiliza a tecnologia do RNA mensageiro, com dois códigos genéticos. No caso, está sendo usado o código da cepa original da Covid-19 e o da variante ômicron, que é a predominante nas infecções recentes no mundo todo. Cientistas esperam que essa atualização seja capaz de diminuir os últimos aumentos no número de casos.
Apesar do contrato do Brasil com as vacinas bivalentes da Pfizer, outras empresas já trabalham para oferecer a mesma tecnologia em imunizantes. O mais avançado é o da Moderna, fabricante que também usa a técnica de RNA mensageiro. Segundo a companhia, as pessoas que tomaram a nova vacina apresentaram até oito vezes mais anticorpos contra a variante ômicron, em comparação aos estudos da versão monovalente.
A Sinovac, fabricante da Coronavac, também trabalha para ter imunizantes bivalentes contra a Covid-19. A empresa utiliza outra técnica, por isso a versão mais recente da vacina, focada no combate à ômicron, é apenas monovalente. Mas, segundo o presidente do Instituto Butantan, responsável pela produção do imunizante no Brasil, a versão 3.0 deve ser bivalente.
A aplicação das doses de reforço bivalentes faz parte do cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023, divulgado pelo Ministério da Saúde. A prioridade do governo federal com a medida é aumentar as coberturas vacinais contra diversas doenças, que apresentaram índices alarmantes nos últimos anos. Nas próximas etapas será intensificada a vacinação em toda a população com mais de 12 anos e depois nas crianças de seis meses a 17 anos.
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