Marcelo Praxedes/PMO
Agentes de endemias colhem amostras de água com larvas.
Boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica, órgão vinculado à Secretaria Municipal da Saúde, revela que o 4º Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado durante a 45ª semana epidemiológica do Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SISPNCD), entre 06 e 10 de novembro, apresentou um percentual de 5,8% no índice de infestação predial do mosquito. O resultado é considerado de alto risco com relação à transmissão de dengue, como também de chikungunya e zika vírus, causadas pelo mosquito Aedes aegypti. O Ministério da Saúde classifica os dados em três categorias: até 1% (satisfatório); de 1% a 3,9% (situação de alerta), superior a 4% (risco de surto de dengue). Em 2022 a cidade viveu um grave surto da doença, que afetou milhares de pessoas e congestionou o sistema de saúde.
O novo relatório técnico apontou que foram encontradas amostras positivas em vários pontos da cidade, diferentemente do 3º LIRAa, realizado em agosto deste ano, que foi concentrado em alguns bairros, o que indica que agora a infestação está de forma igualitária. Foram inspecionados 863 imóveis em 49 localidades da região urbana de Oliveira e constatado que os criadouros do mosquito de amostras positivas estão concentrados em pratinhos de vasos de planta, lixos domésticos, latas e recipientes plásticos, tonéis e caixas d’água a nível do solo.
O LIRAa é o mapeamento rápido dos índices de infestação por Aedes aegypti, que identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação no município.O levantamento permite o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que, a partir do resultado do LIRAa, está adotando uma série de providências para intensificar as ações de prevenção, controle e combate à dengue. O diretor de Vigilância em Saúde Célio Damaceno alerta que é fundamental a colaboração da população na eliminação de depósitos que possam acumular água parada e servir de depósito para os ovos do mosquito. “Esta é a melhor estratégia para evitar a transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus”, orienta o diretor.
Para combater o mosquito, mantenha lixeiras sempre tampadas; deixe o quintal sem lixo e entulhos e coloque garrafas e baldes de cabeça para baixo; mantenha reservatórios de água do ar-condicionado, geladeira e umidificador secos e vazios; os ralos devem estar limpos e protegidos por tela; não use pratinhos que acumulam água sob os vasos de planta; os bebedouros dos animais devem ser limpos com bucha ou escova semanalmente; mantenha as canaletas e calhas desobstruídas para não acumularem água com a chegada das chuvas; faça manutenção periódica de piscinas e caixas d’água; coloque plantas que acumulam água em local coberto; deixe lonas bem esticadas, evitando a formação de poças d’água.
Sobre o fato leia o editorial “Amor de mosquito”, na página 2 desta edição.
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