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Perigo nas estradas que cortam Oliveira


Lucas Lasmar grava vídeo dentro de cratera próximo a Ritápolis - Foto: Cris de Sá

As chuvas das últimas semanas provocaram um grande aumento no número de buracos, quedas de barreiras e outros estragos nas rodovias mineiras, entre elas as que cortam o município de Oliveira. A situação tem colocado em risco pessoas que trafegam pelas estradas e causado diversos danos a veículos, tantos de passeio como de carga e de transporte de passageiros. Os órgãos e empresas responsáveis pela manutenção das vias atribuem os problemas ao excesso de chuvas, mas o que se observa é que alguns trechos não têm recebido a atenção necessária para se evitar tais transtornos.


Entre as estradas que ligam o município de Oliveira a outras regiões do estado, a que a situação é mais crítica é a BR-494. Com aproximadamente 450 quilômetros de extensão, a rodovia vai do entroncamento com a BR-262, em Nova Serrana (MG) ao entroncamento com a BR-101, em Angra dos Reis (RJ) e é o acesso para cidades da região, como Carmo da Mata, Cláudio e Divinópolis. A estrada é também importante ligação com outras localidades, entre elas São João del Rei, Tiradentes, Barbacena e Rio de Janeiro.


Um dos locais mais perigosos da estrada e que merece atenção redobrada dos condutores é na altura do quilômetro 139, próximo ao distrito de Morro do Ferro, onde segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), existe um deslizamento de terra que interdita meia pista. Mais à frente, no quilômetro 178, município de Ritápolis, ocorreu erosão com afundamento do solo e queda de barreira, o que também provocou a interdição de uma das pistas.


Durante a semana, o deputado estadual Lucas Lasmar (REDE) esteve no local, onde gravou um vídeo exibido em suas redes sociais. Segundo ele, a situação das rodovias em Minas Gerais ficou ainda mais crítica depois dos últimos dias de chuvas intensas. O parlamentar disse que seis meses atrás esteve na BR-494, no trecho entre São Tiago e Ritápolis, para denunciar a condição precária da rodovia. Também falou sobre a necessidade de medidas urgentes pelo DNIT, não apenas naquele ponto, como em tantos outros no estado. “Creio que com diálogo e trabalho sério podemos buscar a melhoria nas condições destas rodovias”, comentou.


Outra estrada com muitos buracos é a MGC-369, estrada que liga Oliveira a São Francisco de Paula, Campo Belo e outras cidades. A rodovia também possui trechos com buracos e rachaduras no pavimento. De acordo com o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), responsável por sua jurisdição, no quilômetro 48, antes de Campo Belo, existe uma situação de meia-pista por causa de uma erosão no bordo da via, no sentido Oliveira / Campo Belo. O Departamento informou que estuda uma solução para esse ponto e continua monitorando permanentemente o local. O órgão também esclareceu que o segmento de aproximadamente 54 quilômetros, entre Oliveira e Campo Belo, faz parte do programa de manutenção rotineira, que consiste em operações tapa-buracos, roçada, limpeza de dispositivos de drenagem e conservação da sinalização horizontal e vertical.


Situação semelhante é observada na Rodovia Fernão Dias (BR-381), principal ligação entre Belo Horizonte e São Paulo, passando ainda por outros 33 municípios mineiros e paulistas. A estrada apresenta vários pontos com muitos buracos e asfalto irregular, como na altura de São Gonçalo do Sapucaí. A situação tem causado indignação e muitos prejuízos para quem trafega pela rodovia. Hás duas semanas a Arteris, concessionária da Fernão Dias, foi notificada pela Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), devido às más condições da rodovia no sul de Minas.


A ANTT informou estar ciente que a Arteris, que administra a rodovia desde 2008, não está fazendo os reparos previstos no ato da concessão e por isso notificou a empresa. Por meio de nota, a concessionária informa que vem investindo em obras de conservação, o que inclui a manutenção do pavimento em diferentes trechos e que aumentou o número de equipes, mas o período chuvoso impacta os trabalhos de recapeamento e que eles devem ser acelerados no período de estiagem.

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