Moradores da zona rural de Oliveira estão sendo estimulados a construírem fossas sépticas destinadas à coleta do esgoto sanitário de suas residências. As orientações para a construção do sistema que utiliza a tecnologia de tanque de evapotranspiração (Tevap) são fornecidas pela Secretaria de Municipal da Agricultura e Meio Ambiente (SAMA), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Por intermédio do projeto já foram construídas cerca de 40 fossas.
Segundo a secretária municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Flávia Reis, o objetivo é evitar a contaminação do solo e da água, além de diminuir a incidência de doenças decorrentes da falta de higiene. “Com essa iniciativa, temos a intenção de conscientizar a população rural sobre a necessidade de cuidarmos melhor de nossos recursos hídricos”, ressaltou.
O extensionista Emater-MG, Evandro Luiz Lopes Lélis, explica que o modelo de fossa séptica indicado pelo órgão utiliza uma tecnologia que retém a parte sólida dos resíduos em um sistema fechado e permite a evaporação da água. Na construção do tanque das fossas Tevap, cujo tamanho mais comum é de dois metros de largura por um metro de profundidade, é utilizado material como brita, areia, entulhos e pneus velhos. É cavado um buraco que tem as paredes e o fundo impermeabilizados com cimento, evitando que os dejetos entrem em contato com o solo e contaminem o lençol freático. Por cima da área cimentada são colocados brita, areia, entulhos e construído um túnel com os pneus. A câmara de pneus é instalada no centro do tanque e vai de uma ponta a outra. A primeira fermentação da matéria orgânica acontece dentro do túnel de pneus e a segunda na zona de absorção por raízes de plantas cultivadas sobre a fossa. A partir desse processo é possível o tratamento final da água, que só sai do tanque por evaporação e é absorvida pelas raízes das plantas.
Evandro Lélis ressalta que esse tipo de fossa é mais eficiente que o modelo tradicional, também chamado de fossa negra, constituída apenas por um buraco no chão onde é depositado o esgoto da residência. “Nas fossas negras é mais fácil a contaminação do solo e do lençol freático, pois não há um isolamento seguro, o que permite a infiltração de resíduos de fezes e de urina no solo. Na fossa tradicional não há nenhum tratamento, enquanto nas fossas Tevap o esgoto é tratado”, observou.
O extensionista lembra que a construção de fossas sépticas no sistema Tevap é viável para o produtor. A Emater orienta e oferece todo o suporte técnico para a implantação. Mais informações podem ser obtidas na SAMA ou no escritório do órgão no Parque Municipal João Reis (Capão), na Rua Afonso Terra, 344, Bairro Dona Sinhaninha ou ainda pelo telefone (37) 3331-5762.
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