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Foto do escritorLeonardo José da Rocha

Prefeitura protesta contra queda do FPM


Carlos Augusto Mattos

Sede da Prefeitura permaneceu fechada por um dia,

como forma de reivindicar aumento de repasses federais.


A Prefeitura Oliveira juntou-se a centenas de municípios mineiros, aderindo ao protesto ocorrido nessa quarta-feira. 30 de agosto, contra a diminuição das receitas e aumento das despesas, fenômenos provocados principalmente pela diminuição do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Por meio de decreto, a prefeita Cristine Lasmar (MDB) suspendeu o ponto do funcionamento e a prestação de serviços dos órgãos e unidades administrativas de todas as áreas, exceto serviços essenciais de saúde pública, educação e limpeza urbana. O movimento foi liderado pela Associação Mineira de Municípios (AMM).


Conforme o decreto 4.813, a adesão do município de Oliveira à mobilização foi definida em razão da queda de 32,36% dos recursos do FPM. Em consequência disto, a redução nominal dos repasses caiu de R$6,88 bilhões para R$ 4,66 bilhões, isso na comparação entre os dois períodos, de julho de 2022 a julho de 2023. Verificou-se também que a base de cálculo do fundo encolheu em R$ 9,9 bilhões. O FPM é a principal receita de sete em cada dez municípios do país. Em Minas, segundo análise da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a cada cem reais arrecadados nos pequenos municípios, R$85,00 foram destinados a pagamento de pessoal e custeio da máquina pública.


Ainda de acordo com o decreto, diante da situação, os municípios estão com dificuldades financeiras até mesmo para garantir a folha salarial dos servidores, tendo que reduzir serviços essenciais ou até mesmo paralisar alguns, em detrimento de outros. Também foi apontado como motivo para a adesão, o fato dos governos estadual e federal, especialmente por meio do Poder Legislativo, virem editando leis que criam despesas para os municípios, sem transferir recursos financeiros correspondentes para sua execução, o que implica em elevado aumento de despesas, porém, com redução drástica dos repasses constitucionais.


Uma das soluções apontadas para da queda do FPM seria a aprovação, pelo Congresso Nacional, de projetos de leis ou de emenda à Constituição Federal, que estão tramitando ou estão em fase de elaboração, entre os quais o que estabelece o aumento de 1,5% do FPM (PEC 25/2022), que injetaria R$11,13 bilhões nos cofres municipais; recomposição do ICM (PLP 94/2023), que resultaria em um acréscimo de R$6,8 bilhões e o fim do voto de qualidade no CARF (PL 2384/2023).

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