Cerca de 200 pessoas, entre enfermeiros, técnicos, auxiliares, estudantes e apoiadores estiveram reunidos no início da tarde desta sexta-feira (09) em frente a Igreja Matriz, na Praça XV de Novembro, em Oliveira, em uma manifestação contra a decisão liminar do ministro Luis Roberto Barroso, de suspender a lei do piso salarial nacional da enfermagem, fixada em R$4.750,00.
A lei aprovada no Congresso Nacional estabeleceu, ainda, o piso para técnicos de enfermagem, que devem receber ao menos 70% do valor votado. Para auxiliares de enfermagem e parteiras, foi fixado o valor correspondente a 50% do piso nacional.
Os manifestantes da cidade de Oliveira e seu distrito Morro do Ferro, Carmo da Mata, São Francisco, Santo Antônio do Amparo seguiram em uma passeata pelas ruas do centro. Integrantes de fanfarras oliveirenses estiveram presentes com instrumentos e apoiaram o movimento.
Os trabalhadores afetados argumentam que o piso da categoria é uma medida justa, destinada a um grupo de profissionais que se notabilizou na pandemia e que tem suas remunerações absurdamente subestimadas no Brasil.
A medida adotada por Barroso atendeu a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde) e outras sete entidades, que ingressaram com a ação para sustar o pagamento, devido à ausência de uma fonte de recursos para o custeio dos novos salários. Para essas instituições, o pagamento do piso é insustentável.
A decisão vale até que sejam analisados dados detalhados sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões, diante da implantação do piso. O prazo para que essas informações sejam enviadas ao STF é de 60 dias.
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