O surto de dengue, que tem atingido um elevado número de pessoas em Oliveira nas últimas semanas, foi um dos assuntos discutidos por alguns vereadores durante a reunião da Câmara Municipal realizada na segunda-feira (13). Parlamentares apontaram alguns motivos do aumento de casos e apresentaram sugestões para amenizar o problema. Uma das medidas propostas é a realização de campanhas de informação, sobre a necessidade dos moradores adotarem ações de prevenção da doença.
Sirley Clécio da Silveira (PDT) observou que até poucos dias haviam 80 casos confirmados e agora se fala em mais de 500. Para ele é preciso um trabalho coordenado pelo setor de vigilância em saúde, junto com o Executivo. O vereador lembrou que embora não seja de sua responsabilidade única, o poder público tem a atribuição de agente fiscalizador e tem o poder de autuar, multar e de exigir as medidas corretivas. Sirley disse, ainda, que a doença sobrecarrega o sistema de saúde e atrapalha a economia pelo afastamento de funcionários.
Robson Lima Souza (PDT) informou ter recebido muitas reclamações de moradores de diferentes pontos da cidade, pedindo para que fossem tomadas providências para solucionar o problema. Ele sugeriu a presença do coordenador de Vigilância em Saúde, Célio Willian Ferreira Damaceno e da secretária de Saúde, Nonata Elisângela Neto, na Câmara, para falar sobre a situação e o que está sendo feito para diminuir a incidência da doença.
Clodoaldo José de Paula (PSC) narrou que na segunda-feira esteve no hospital de Oliveira acompanhando sua filha e observou o grande número de pessoas aguardando atendimento. Na sua avaliação a Prefeitura precisa colocar mais agentes para o atendimento e conscientizar a população por meio de campanhas.
Já o vereador Ronaldo de Paula Gonçalves (MDB) salientou que embora a situação venha acontecendo em todo o Estado, a Prefeitura, juntamente com o setor de zoonoses, precisa realizar um trabalho mais efetivo, reconhecendo que isso já vem acontecendo na medida do possível. Ele também defendeu a realização de campanhas educativas e de mutirões de limpeza, sugerindo a ajuda do Tiro de Guerra, salientando que o poder público não consegue resolver o problema sozinho.
Cleyton Murilo da Silva (PDT) relatou ter recebido muitas reclamações quanto à demora no Pronto Atendimento Municipal (PAM). Uma das sugestões apresentadas por ele foi para que a Secretaria de Saúde autorize o atendimento de pessoas com suspeita de dengue nos PSFs das Graças e Triângulo, como aconteceu durante o pico da pandemia da Covid-19. Para ele, é necessário tomar providências mais urgentes, recomendando também a contratação de mais médicos, para que as pessoas não tenham que esperar por tanto tempo. Cleyton disse que o problema foi provocado pelo longo período de chuvas, mas também pelas ruas tomadas de mato e lotes sujos.
Para Antônio Ananias de Sousa (MDB) o problema está sendo causado pela falta de planejamento da Prefeitura, que em anos anteriores fazia mutirões para a limpeza de lotes. Ele apontou, ainda, a dificuldade que os moradores enfrentam para a retirada de restos de capina e material de construção.
Éderson de Souza da Silveira (MDB) pediu que a vigilância em saúde notifique os proprietários de lotes sujos e que a população procure respeitar mais os dias e horários da coleta, evitando o acúmulo de material nas ruas, e ainda para a Secretaria de Saúde intensificar as ações de combate nos bairros.
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