Inauguração de unidade da Coopercitrus mostra força do agronegócio em Oliveira.
Inaugurou-se, essa semana, mais uma unidade cooperativa ligada ao agronegócio em Oliveira. Reafirma-se, assim, a histórica vocação do município, mais uma vez com forte foco na cultura do café. Ao lado do aumento da concorrência, fator que, se bem explorado, pode ser bastante favorável, tanto ao produtor quanto às empresas, também abre-se ainda mais o leque de produtos disponíveis, agora com presença ostensiva de uma das maiores indústrias químicas ligadas ao setor.
A expansão do comércio ligado às coisas do campo também reforça a excelência da localização geográfica de Oliveira, que, no centro de um grande entroncamento envolvendo três rodovias federais, dá acesso praticamente imediato a uma série de municípios com o mesmo ou maior potencial de compra. A estratégia da nova cooperativa parece, pois, envolver a regionalização do negócio, com boas perspectivas de crescimento em curto prazo.
Embora ainda se veja algumas fazendas de maiores áreas, o Centro-Oeste de Minas não apresenta mais os grandes latifúndios do passado. Essa redistribuição de terras, ocorrida ao longo de décadas, significou uma autêntica reforma agrária, não imposta por leis ou ordem política, mas de forma natural, com a acomodação de heranças e expansão do comércio de imóveis. As propícias condições geográficas e atmosféricas, ajudadas pela riqueza do solo, facilidades de comunicação e acesso a tecnologias de ponta, aumentaram exponencialmente a produtividade, fazendo com que pequenas glebas se valorizem cada vez mais, pelo potencial de geração de renda.
Tais atratividades estão, agora, ano a ano, incorporando a excelência do lugar para o desenvolvimento do setor cafeeiro, reflexo das rápidas mudanças climáticas pelas quais o planeta tem passado, com grande influência sobre as lavouras do sul de Minas Gerais, cada vez mais expostas às tempestades de granizo e incontroláveis variações dos índices pluviométricos. Embora próximas, mas ainda fora desse epicentro, as terras de Oliveira tornam-se mais cobiçadas, não apenas pelos produtores, mas pelas empresas fornecedoras que orbitam essa opulenta clientela.
Paralelamente ao café, avança cada vez mais a cultura do tomate, que tem no município de Carmópolis de Minas, distante apenas trinta quilômetros de Oliveira, o maior núcleo produtor do Estado. Com enorme e garantido potencial de venda, a tomaticultura já extrapolou as fronteiras carmopolitanas, expandindo-se pela região, de maneira bastante forte em Oliveira, onde se multiplicam as hortas desse lucrativo fruto, que também encontra, por aqui, as melhores condições climáticas de cultivo.
No âmbito da agropecuária é notório o rápido aumento do rebanho de gado de corte, representado principalmente pela raça nelore, introduzida tardiamente, após domínio secular quase absoluto do gado mestiço e leiteiro, que ajudou a criar a grande tradição mineira do laticínio. Aí também se vê a tendência pelo aprimoramento genético, com a substituição por raças puras e de alta produtividade, diminuindo, também, a necessidade de grandes espaços.
Inegável o desenvolvimento do agronegócio em Oliveira, que essa semana se viu enriquecido com a entrada em operação da Coopercitrus, instituição de alcance nacional, com atuação em larga escala nas regiões mais produtivas do país, entre elas Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Aplausos, pois, ao empresário oliveirense José Francisco dos Santos, a quem se deve a vinda da unidade para Oliveira, e a essa grande empresa rural, que, sem dúvida, contribuirá fortemente para o desenvolvimento econômico e social deste município.
Ao trabalho!
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