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Vereadores continuam com brigas e desavenças

Truculência persiste e se agrava nas sessões do Legislativo


Foto - Carlos Augusto Mattos

Soco dado por Éderson danificou uma das portas da Casa.


A Câmara Municipal de Oliveira foi palco de mais um episódio de violência envolvendo vereadores. Durante a reunião ordinária da segunda-feira (12), parlamentares se desentenderam, tumultuando os trabalhos. Depois da sessão, ocorreu um novo atrito envolvendo Éderson de Souza da Silveira (MDB) e Gilmar Sebastião Cândido (PSC). Por muito pouco não aconteceu um confronto físico entre eles. Éderson chegou a dar um murro em uma porta, que ficou danificada.


Os desentendimentos tiveram início depois que Gilmar Cândido falou sobre uma festa no campo do Dom Bosco, segundo ele organizada pelo ex-secretário de Saúde e candidato a deputado estadual Lucas Lasmar. O assunto já havia sido abordado pelo vereador durante reunião do dia 5 de setembro, quando questionou a origem do dinheiro usado para custear as despesas. Na ocasião, Éderson da Silveira informou que o evento foi uma comemoração particular, da qual Lasmar participou como seu convidado e que a bebida consumida foi paga pelas pessoas presentes.


No encontro do início da semana, além de comentar sobre a festa, Gilmar Cândido também cobrou a apresentação dos comprovantes de pagamento. Nesse instante Éderson da Silveira se exaltou, anunciando que iria apresentar tais comprovantes e convidar participantes do evento para comparecerem à Casa. Em voz alta, ele começou a falar ao telefone, supostamente com uma pessoa que esteve na festa, pedindo a ela que convidasse outras a comparecerem na Câmara, para comprovarem sua versão.


O presidente Antônio Ananias de Sousa (MDB) ameaçou encerrar a sessão, caso Silveira não se contivesse. O aviso, no entanto, de nada adiantou e Éderson continuava exaltado, chamando Gilmar de vagabundo, pilantra e outros adjetivos. O presidente insistiu, em vão, na tentativa de acalmar os ânimos e mais uma vez anunciou que poderia encerrar a reunião. Cleyton Murilo da Silva (PDT), secretário da mesa diretora, pediu para que a sessão não fosse finalizada e sugeriu ao presidente a aplicação do artigo 101 do Regimento Interno, que prevê advertência ao vereador que, entre outros atos, perturbar a ordem ou praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta no recinto da Casa.


Sobre o pedido, Éderson da Silveira argumentou que o colega não deveria “dar lição de moral” a ele, acrescentando que a repreensão deveria ser feita pelo presidente. Depois de mais algumas discussões o clima ficou mais tranquilo na Casa e os vereadores puderam discutir e votar as proposições incluídas na pauta e àquela feitas verbalmente. Após o encerramento da sessão, Éderson da Silveira caminhou em direção a Gilmar Cândido, iniciando uma nova discussão.


Os dois seguiram para um corredor interno do prédio, onde continuaram a discutir. Por meio de uma porta de vidro que isola o local, era possível observar a movimentação dos vereadores e de funcionários da Casa, tentando evitar um combate físico entre eles. Durante a briga, se ouviu um barulho mais forte, que mais tarde soube-se tratar de um soco desferido por Éderson contra uma porta. Com a ajuda de colegas, Silveira foi retirado do recinto. Gilmar ainda permaneceu na Câmara por algum tempo, segundo ele temendo pela volta do colega.

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