Carlos Augusto Mattos
Vereadores voltaram a discutir problemas na área da saúde no município.
A presença dos membros do Conselho Municipal de Saúde na reunião de segunda-feira (1º) da Câmara Municipal de Oliveira desencadeou mais um debate a respeito das denúncias feitas por servidores do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS-AD) e a situação do setor de saúde do município. Os vereadores questionaram membros do Conselho a respeito de sua composição, atribuições e as denúncias de perseguição contra funcionários, falta de materiais diversos e outros problemas. Os parlamentares discutiram ainda os procedimentos que devem ser adotados pelos órgãos do município e pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar as denúncias.
Antônio Ananias de Sousa (MDB), propositor do convite feito aos membros do Conselho, falou sobre os problemas na área de saúde, ressaltando que além da denúncia grave feita pela enfermeira Kátia Gonçalves de Souza, toda semana é relatada na Casa a falta de medicamentos, de fraldas e de atendimento em diversas unidades de saúde. Para ele, diante da gravidade das denúncias, o caso deveria ser levado para a Polícia e o Ministério Público, culminando com o fechamento do CAPS-AD. Reinaldo Correa dos Santos (PSD) apresentou requerimento ao presidente da Câmara, para que autorizasse uma visita da Comissão de Saúde da Câmara ao CAPS.
Ronaldo de Paula Gonçalves (MDB) disse que já participou de diversas CPIs e nunca viu nenhuma dar resultado. Ele disse acreditar que a situação deve ser resolvida com diálogo, para que ninguém seja prejudicado. Sirley Clécio da Silveira (PDT) ressaltou a importância da presença dos membros do Conselho na Casa, para tomar conhecimento das denuncias que são graves e precisam ser apuradas.
Geraldo Nicácio Júnior (PSD) disse que na última semana esteve no CAPS duas vezes avaliando o serviço. Na sua avaliação, para elucidar este constrangimento os representantes do Executivo também deveriam ser convidados a comparecer à Câmara, para mostrar o posicionamento da Prefeitura. Cleyton Murilo da Silva (PDT) destacou que os funcionários do CAPS devem encaminhar todas as denúncias ao Conselho de Saúde, para que os seus integrantes possam apurar o que está errado e aconselhar os gestores da área.
Para Clodoaldo José de Paula (PL), a Secretaria de Saúde está sendo omissa, por não informar ao Conselho o que está acontecendo. Segundo Adilson José da Silva (MDB), o diálogo vai ser muito importante para solucionar os problemas. Já André Luiz da Silva (PODE) disse que não existem soluções fáceis para problemas complexos, observando que a situação tem que ser avaliada. Sobre a CPI, comentou ser um processo demorado, sofrido e geralmente chega ao final com inconclusões.
Robson Lima Souza (PDT) desatacou que as denúncias foram fortes e que requerem averiguação séria para se chegar a um resultado justo. Para ele, a apuração dos fatos deve ser feita com calma e equilíbrio. Gilmar Sebastião Cândido (PSC) relatou problemas em outras unidades de saúde, como falta de medicamentos e de equipe mínima. Segundo ele, a CPI tem um rito a ser seguido e o que for apurado vai ser encaminhado ao Ministério Público. Lorena Aparecida de Fátima Silva (Republicanos) ressaltou a falta de segurança de trabalho na área da saúde, repetindo que os funcionários estão adoecendo física e mentalmente pelo desgaste. Ela disse ter sentido falta dos representantes do Executivo na reunião e salientou que as denúncias devem ser apuradas com imparcialidade, para que não se transformem em palanque político.
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