Carlos Augusto Mattos
Cleyton Murilo falou sobre demora na marcação de consultas e exames.
Vereadores voltaram a criticar a situação da saúde no município de Oliveira, durante a reunião da Câmara Municipal na segunda-feira, dia 30 de outubro, particularmente em relação à demora na marcação de exames, consultas médicas e outros atendimentos. Este é um assunto que vem sendo discutido rotineiramente nas sessões do Legislativo. Os parlamentares que comentaram a situação relataram as dificuldades enfrentadas por algumas pessoas e pediram mais empenho do Executivo e da Secretaria Municipal de Saúde para uma solução do problema.
Cleyton Murilo da Silva (PDT), que já havia comentado o assunto em reuniões anterior, disse que muitas reclamações têm chegado até ele em relação à demora na marcação de consultas de diversas especialidades médicas no centro de saúde do Bairro Aparecida. O vereador comentou que são oferecidas poucas vagas de consultas nos postos do Programa de Saúde da Família (PSF) do município e que a situação está virando rotina. Ele salientou que a população tem reclamado com toda razão, argumentando que com saúde não se brinca. Cleyton Murilo falou também a respeito da demora para a realização de exames, salientando que muitos deles levam de quatro a cinco meses para serem agendados, mesmo com pedido de urgência.
Segundo o parlamentar, um paciente que não está conseguindo andar e necessita de um exame de ultrassom urgente está aguardando a marcação há mais de dois meses. Diante desta e de outras situações, ele pediu um posicionamento da Secretaria de Saúde para “zerar” a fila de espera de exames, consultas e cirurgias. Acrescentou que, caso o orçamento da Saúde não esteja comportando a demanda, que seja colocado mais dinheiro para atender os anseios da população. O vereador apontou ainda um mutirão de mamografia marcado para esta semana e pediu que a ação seja feita também em outras especialidades.
Antônio Ananias de Sousa (MDB) disse ter recebido várias reclamações em relação à longa espera para cirurgias, exames e recebimento de remédios. O vereador salientou que toda semana são apresentadas as mesmas reclamações durante as reuniões da Câmara. Ele fez uma solicitação ao presidente da Casa, Éderson de Souza da Silveira (MDB), para que seja marcada uma audiência pública com o intuito de discutir a situação e tentar resolver a demanda em Oliveira.
Gilmar Sebastião Cândido (PODE) disse ter recebido denúncias de que vereadores da base estariam agendando consultas e exames diretamente na Secretaria de Saúde, para passar pessoas na frente de outras que necessitam dos atendimentos. Para ele, este é um dos motivos da população ter que aguardar tanto tempo pelos atendimentos. Acrescentou que um mamógrafo comprado com dinheiro público para atender pacientes do SUS foi instalado no Hospital São Judas Tadeu, onde realiza exames particulares e de convênios. Gilmar alegou não ser contra a marcação desses exames, mas para ele o acesso deve ser o mesmo para todos os pacientes.
Em contraponto, Lorena Aparecida de Fátima Silva (Republicanos) comentou a realização de um mutirão de mamografias nesta sexta-feira e sábado. A vereadora informou que durante conversa com a prefeita Cristine Lasmar (MDB), no começo do mês de outubro, expôs a ela a situação enfrentada por muitas mulheres em relação à demanda que está há muito tempo reprimida. Lorena salientou que, com uma atenção básica de qualidade, as pessoas não vão necessitar da média e alta complexidade para resolver os problemas de saúde, evitando assim gastos maiores para o município.
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